S�o Paulo, 16 - A Sabesp aguarda que a Ag�ncia Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de S�o Paulo (Arsesp) defina os �ltimos detalhes para dar in�cio a aplica��o de multas sobre as tarifas dos clientes que elevarem o seu consumo de �gua, mas ainda segue sem uma previs�o definida para o come�o da cobran�a, afirmou o diretor de Rela��es com Investidores da concession�ria, Rui Affonso.
"A Procuradoria Geral do Estado (PGE) j� deferiu a tarifa de conting�ncia e agora a Arsesp est� analisando as nuances de aplica��o. N�o temos uma data definida, justamente porque a proposta encontra-se em an�lise no �rg�o regulador", disse a analistas, investidores e jornalistas durante teleconfer�ncia realizada nesta manh�.
Segundo o executivo, a futura arrecada��o com o programa de �nus, se aprovado, n�o entraria diretamente no caixa da companhia. "A arrecada��o com o �nus iria para uma conta especial que, por lei, s� poderia ser utilizada para o tratamento do problema que gerou essa cobran�a, ou seja, para o enfrentamento da crise", explicou.
Dessa forma, os ganhos com as multas n�o devem compensar parte das perdas de faturamento projetadas por analistas para a Sabesp no ano. A expectativa � de uma queda do resultado l�quido em fun��o justamente dos custos das medidas adotadas pela concession�ria para evitar um racionamento de �gua na Grande S�o Paulo.
Para estimular a economia dos consumidores, a Sabesp adotou, em 1� de fevereiro, um programa de concess�o de descontos de 30% nas tarifas dos clientes que reduzissem em 20% seu gasto mensal de �gua. Os custos com a medida, garantiu Affonso, n�o ser�o repassados num futuro reajuste tarif�rio. "O repasse dos custos do b�nus no valor das tarifas est� fora de cogita��o", garantiu o executivo.
Os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2014 ainda n�o refletiram o impacto do programa de bonifica��o. O aumento de 5,6% receita l�quida da Sabesp no per�odo na compara��o com igual trimestre do ano interior ocorreu, segundo Affonso, devido ao aumento do consumo de �gua nos dois primeiros meses do ano.
"As altas temperaturas do per�odo, principalmente, em janeiro e fevereiro, resultaram num aumento de 4,9% do consumo de �gua, acima das nossas expectativas, que eram de 2% a 2,5%", explicou.
No entanto, Affonso reconheceu que, caso a crise persista, a Arsesp pode estudar alguma forma de compensa��o das perdas financeiras que a concession�ria ter� com medidas e investimentos emergenciais.