O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso "Objetivos de Desenvolvimento do Mil�nio" de reduzir em dois ter�os os indicadores de mortalidade de crian�as de at� cinco anos. O �ndice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011. Os n�meros integram o 5º Relat�rio Nacional de Acompanhamento, divulgado nesta sexta-feira, 23, em Bras�lia pelo governo.
A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015. A redu��o de morte materna, no entanto, n�o teve o mesmo sucesso. O documento admite que o Brasil dificilmente vai cumprir o compromisso de chegar em 2015 com no m�ximo 35 �bitos maternos a cada 100 mil nascimentos. Para isso, seria necess�rio praticamente reduzir pela metade os indicadores de 2011. Naquele ano, o n�mero de mortes de mulheres durante a gravidez, o parto ou at� 42 dias ap�s o nascimento do beb� era de 63,9 por 100 mil nascimentos. Embora ainda muito superior ao compromisso assumido os �ndices de mortalidade materna no Pa�s j� foram significativamente maiores. Em 1990, eram 143 por 100 mil nascimentos. O relat�rio argumenta ainda que o Brasil n�o � o �nico pa�s a ter um desempenho nessa �rea abaixo do que se era esperado.
Mortalidade na inf�ncia
O relat�rio preparado pelo governo mostra que a queda mais significativa registrada na mortalidade na inf�ncia ocorreu na faixa entre um e quatro anos de idade. Atualmente, o problema est� concentrado sobretudo nos primeiros 27 dias de vida do beb� o per�odo neonatal. Embora o documento ressalte que o Brasil conseguiu cumprir a meta � frente de uma s�rie de pa�ses, o texto admite que o n�vel de mortalidade at� os cinco anos ainda � elevado. A desigualdade regional sofreu uma redu��o, no entanto, Norte e Nordeste ainda apresentam taxas superiores a 20 �bitos de crian�as com menos de cinco anos por mil nascidos vivos. Na Regi�o Sul, s�o 13 por mil nascidos vivos.
Acesso � �gua
O relat�rio tamb�m ressalta o alcance integral da meta de reduzir � metade o porcentual da popula��o sem acesso a saneamento. A meta foi atingida em 2012. De acordo com o trabalho, em 1990 53% da popula��o vivia em moradias com rede coletora de esgoto ou com fossa s�ptica. Em 2012, o porcentual subiu para 77%. O acesso � �gua tamb�m melhorou nesse intervalo, de 70% para 85,5%.
Pobreza extrema
A meta brasileira para essa �rea � mais ambiciosa que a mundial. O compromisso era reduzir a pobreza extrema a um quarto do n�vel de 1990 at� 2015. De acordo com o relat�rio, em 2012, o n�vel da pobreza extrema era menos de um s�timo do n�vel de 1990. Pelos c�lculos do governo, 3,6% da popula��o vive com menos de R$ 70 mensais.
De acordo com o trabalho, a pobreza extrema entre idosos est� praticamente erradicada, gra�as � inclus�o em programas sociais e � pol�tica de valoriza��o real do sal�rio m�nimo. A desigualdade racial persiste, embora em menor grau. Em 2012, a probabilidade da extrema pobreza entre negros era o dobro da verificada na popula��o branca. Um em cada 20 negros era extremamente pobre. Entre brancos, o risco � de um entre 46.
Educa��o prim�ria
Em 2012, 23,2% dos jovens de 15 a 24 anos n�o haviam completado o ensino fundamental. Embora o porcentual ainda seja expressivo, o relat�rio argumenta que os n�meros brasileiros j� foram muito piores. Em 1990, 66,4% dos jovens n�o haviam completado os anos de estudo. O porcentual de crian�as de 7 a 14 anos frequentando o ensino fundamental passou de 81,2% para 97,7%.