Mar� ter� 6 UPPs at� o fim do ano, diz governador do Rio

Rio, 23 - O governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), afirmou que o complexo da Mar�, na zona norte do Rio, que est� ocupado desde 5 de abril por 2.700 homens do Ex�rcito, vai receber at� o fim deste ano pelo menos seis Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPPs). De acordo com o governador, a meta inicial era instalar 40 UPPs at� o fim desta gest�o, mas ele pretende que cheguem a 45. Pez�o inaugurou nesta sexta-feira, 23, a 38� UPP, na favela da Vila Kennedy, na zona oeste. Essa foi a primeira unidade que ele inaugura desde que assumiu o cargo, em 4 de abril, substituindo S�rgio Cabral.

A favela da Vila Kennedy foi ocupada em mar�o pelas for�as de seguran�a. A UPP inaugurada ontem conta com 250 policiais militares e vai beneficiar 40 mil moradores em sete comunidades. Apesar do clima de festa, alguns moradores criticaram a maneira como a pol�cia age "depois que o governador vai embora". "Para a imprensa fica tudo bonito. Depois, � a trucul�ncia de todo dia", afirmou uma moradora de 36 anos. Ela reclamou ainda da falta de m�dicos e professores na comunidade.

"A paz facilita a entrada de m�dicos e professores. Eles n�o querem trabalhar em �rea conflagrada. Levantamento da Secretaria da Educa��o diz que onde h� UPP a presen�a na escola aumentou at� 70%", afirmou Pez�o. O governador prometeu voltar � favela com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) para apresentar � popula��o "um pacote de benef�cios", que incluiria a abertura de ag�ncias banc�rias.

O comandante da Coordenadoria de Pol�cia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, disse que "sempre h� necessidade de uma integra��o maior com as comunidades". "Temos que fazer uma autocr�tica. O tr�fico era dono do morro, e n�o pode agora a pol�cia virar dona do morro. O morro � dos moradores."

Ele disse que em junho o Conselho de Gest�o Comunit�ria de Seguran�a deve come�ar a funcionar em duas favelas (Cidade de Deus e Mangueira). Nesse f�rum de discuss�o mensal os moradores v�o definir, por exemplo, se um baile funk ser� realizado, at� que horas pode ter m�sica alta e outras quest�es que preocupem os moradores. O conselho reunir� ONGs, associa��es e lideran�as comunit�rias.

Protestos.

O governador Pez�o voltou a minimizar o risco de protestos violentos no Rio durante a Copa. "Vamos dar seguran�a como sempre demos. Fizemos a Rio 92, a Rio Mais 20, a Copa das Confedera��es. Agora teremos mais de 20 mil homens na seguran�a p�blica. Vamos torcer para que as manifesta��es sejam pac�ficas e para que, caso saiam de controle, consigamos control�-las".