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Estado de Minas

Anvisa adia debate sobre classifica��o do canabidiol


postado em 29/05/2014 19:49

Bras�lia, 29 - A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) adiou nesta quinta-feira, 29, a discuss�o sobre a mudan�a de classifica��o do canabidiol, subst�ncia encontrada na maconha, da lista de produtos proibidos para uso terap�utico, a F1, e a sua inclus�o na C1, rol de produtos permitidos, mas sujeitos a controle. A mudan�a � reivindicada por fam�lias de pacientes, sobretudo com epilepsia. Cerca de 20 crian�as iniciaram o uso do medicamento para reduzir o n�mero de convuls�es. Eles obt�m o produto por meio de senten�a judicial, por autoriza��o especial da Anvisa ou por meio de compras pela internet. O adiamento foi feito a pedido do diretor Jaime Oliveira. O assunto dever� ser retomado a partir de julho.

At� que a decis�o seja tomada,a importa��o direta de canabidiol, subst�ncia qu�mica encontrada na maconha, continua proibida no Brasil. A discuss�o caminhava para reprova��o da mudan�a, quando Oliveira pediu vistas. O relator do processo, Renato Porto, observou n�o haver nenhum medicamento autorizado que contenha apenas o canabidiol. Ele lembrou que produtos trazem tamb�m outro componente da maconha, o THC, que figura na lista de proscritos. "A simples mudan�a na classifica��o do canabidiol seria in�cua, uma vez que a importa��o dos produtos continuaria proibida, em raz�o de outros componentes", afirmou Porto. Nos Estados Unidos o canabidiol � liberado. O produto � considerado um suplemento, por n�o haver estudos que mostrem a efic�cia no tratamento de doen�as. "N�o estamos dizendo aqui que o canabidiol seja in�til. Mas � preciso fazer an�lise mais profunda", disse o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, que defendeu a realiza��o de um painel amplo, para discuss�o dos efeitos terap�uticos de todos os componentes da maconha.

A ag�ncia recebeu at� agora 6 pedidos para importa��o de canabidiol - dois deles foram liberados e quatro est�o em an�lise. Algumas fam�lias trazem o medicamento clandestinamente.

O filho de Camila Guedes, Gustavo, de um ano e quatro meses come�ou o tratamento h� dez dias, depois da autoriza��o concedida pela ag�ncia. "Para an�lise, foram necess�rios v�rios documentos. O mais dif�cil foi a receita m�dica", disse Camila. Ela esperava que, com a libera��o, profissionais de sa�de ficassem mais confiantes a receitar o produto. Margarete Brito foi a primeira no Pa�s a fazer a importa��o do produto, em outubro do ano passado. A tentativa foi feita depois trocar informa��es com um grupo de familiares de pacientes. "Em menos de 15 dias o produto estava na porta da minha casa." Por inseguran�a, conta, abandonou o tratamento depois de 15 dias. "Da primeira vez, n�o vi resultados. Mas depois de ver a melhora de outras crian�as do grupo, resolvi retomar a tentativa."

Ela d� para sua filha, Sofia, de 5,5 anos, o canabidiol dilu�do com glicerina, em gotas. O produto � feito por um m�dico no Rio. Em 45 dias, a m�dia de convuls�es de Sofia, que era de 12 semanais, passou para 3. O canabidiol � usado pelas fam�lias para reduzir os sintomas de doen�as neurol�gicas, sobretudo convuls�es. Anny Fischer, de 6 anos, portadora de uma s�ndrome conhecida como CDKL5, tinha 60 a 80 convuls�es por semana. Depois de iniciar o uso do canabidiol, em novembro, o n�mero de crises foi reduzida de forma significativa. Em maio, foram tr�s. Anny tamb�m tem um eletrodo subcut�neo que emite descargas no nervo vago periodicamente, tamb�m para reduzir o n�mero de crises. "Depois do uso do suplemento, a intensidade das descargas p�de ser reduzida. Acho que temos condi��es de criar discuss�es transformadoras", disse Barbano. "Temos o intuito de resolver o problema."


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