S�o Paulo, 31/05/2014, 31 - Mesmo com nova proposta do governo - e sob gritos de �n�o tem arrego�, ap�s 38 dias de paralisa��o -, os professores da rede municipal de S�o Paulo decidiram manter a greve da categoria por tempo indeterminado. Resolveram ainda acampar na frente da Prefeitura e pressionar a C�mara Municipal.
A decis�o foi tomada em assembleia realizada por volta das 17h40 na frente da sede da Prefeitura, no Viaduto do Ch�, centro da capital. Cerca de 5 mil pessoas acompanharam o ato. Eles rejeitaram a proposta apresentada mais cedo pela gest�o Fernando Haddad (PT) de estender o abono de 15,38%, inicialmente previsto apenas para quem ganha o piso, para toda a categoria, a partir do ano que vem.
Pela proposta, o b�nus seria pago em tr�s parcelas: em maio de 2015 e no mesmo m�s de 2016 e 2017. Os professores esperavam a primeira parcela ainda neste ano - e uma defini��o sobre o valor que ser� concedido em cada uma. �N�o se define quanto vamos receber em 2015 ou em 2016.
O governo pode acabar e deixar tudo para 2017 sem assumir nenhum compromisso com a categoria�, discursou Claudio Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educa��o no Ensino Municipal de S�o Paulo (Sinpeem). �A categoria n�o pode sair humilhada desse jeito de uma greve�, disse.
A manuten��o da paralisa��o foi apoiada pelos participantes do protesto. Em seguida, o sindicato pediu mobiliza��o total dos docentes, at� mesmo dos diretores de escolas, para vota��o do projeto que prev� o b�nus, na C�mara Municipal. Se n�o houver ajuste na proposta a ser votada pelos vereadores, os professores amea�am fechar a Marginal do Pinheiros. Alguns deles continuar�o acampados na frente da Prefeitura, em 30 barracas, em protesto.
Visivelmente nervoso, o secret�rio municipal de Educa��o, Cesar Callegari, concedeu uma coletiva � imprensa logo ap�s a assembleia dos professores. Ele acusou a categoria de promover situa��o que �est� chegando ao limite do insuport�vel e do intoler�vel�.
�O prefeito j� sinalizou a boa vontade de mandar o substitutivo para a C�mara e conceder o b�nus para toda a categoria em tr�s vezes a partir de maio de 2015. At� mesmo houve compromisso do prefeito de cortar gastos para fazer recomposi��o salarial. Por isso, � inaceit�vel a posi��o de intransig�ncia dos sindicalistas. Os alunos est�o sendo prejudicados.�
Callegari encerrou a entrevista rapidamente, dizendo que o governo tinha a convic��o de que a proposta seria aceita. �Quer mais o qu�? N�o era isso que eles estavam pedindo? Ent�o que voltem ao trabalho�, disse o secret�rio, que citou o piso de R$ 3 mil �como o maior do Brasil�.
�Pelada�
Outro protesto na frente da Prefeitura envolveu moradores de rua. Eles e participantes da Pastoral de Rua jogaram futebol na Libero Badar�, no centro, em ato simb�lico contra a Copa do Mundo. Liderados pelo padre J�lio Lancellotti, tamb�m colocaram fogo em uma r�plica da ta�a. O padre disse que os moradores de rua iriam dormir na frente da Prefeitura porque a Tropa de Choque teria retirado os que viviam sob o Viaduto Alc�ntara Machado. Para Lancellotti, tratou-se de uma medida �higienista� �s v�speras da Copa. Procurada, a Pol�cia Militar alegou que s� acompanhava uma �reintegra��o de posse� solicitada pela Prefeitura. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S.Paulo.