S�o Paulo, 03 - Ap�s incorporar cen�rios mais pessimistas no plano de emerg�ncia para o Sistema Cantareira, a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) prev� que a reserva atual do manancial, j� incluindo os 182,5 bilh�es de litros do "volume morto" que come�aram a ser retirados h� 19 dias, pode acabar em 27 de outubro.
A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira, 02, pelo comit� anticrise que monitora o Cantareira. O c�lculo considera uma retirada m�dia de �gua pela Sabesp de 21,2 mil litros por segundo nos pr�ximos meses e uma vaz�o afluente (�gua que chega aos reservat�rios) equivalente a 50% da m�nima hist�rica no per�odo. Neste cen�rio, a capacidade atual do sistema n�o dura at� o fim de novembro, prazo definido como horizonte do plano emergencial.
Pelas contas da Sabesp, se isso acontecer, faltar�o 51 bilh�es de litros para garantir o abastecimento da Grande S�o Paulo at� 30 de novembro sem a necessidade de adotar racionamento de �gua generalizado. H� informa��es de que a companhia j� pediu aos �rg�os gestores, a Ag�ncia Nacional de �guas e o Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE), autoriza��o para retirar mais 100 bilh�es de litros do "volume morto", que nunca havia sido usado pela Sabesp antes da crise atual - oficialmente, a empresa n�o confirma a informa��o.
O presidente da ANA, Vicente Andreu, j� se manifestou contr�rio ao pleito da Sabesp, que comprometeria 70% dos 400 bilh�es de litros da reserva profunda. "N�s entendemos que � preciso trabalhar com uma seguran�a h�drica em fun��o do volume de �gua afluente. Se chove mais, libera mais. Se chove menos, libera menos", disse.
A precau��o deve-se ao fato de que a situa��o do Cantareira est� pior do que o previsto no cen�rio mais pessimista da Sabesp. Em maio, por exemplo, a vaz�o afluente ao manancial foi equivalente a apenas 39% da m�nima hist�ria deste m�s, registrada em 2000. Ou seja, abaixo dos 50% que a Sabesp considerou como o mais desfavor�vel. Apenas no cen�rio mais otimista, com aflu�ncias mensais iguais �s piores da hist�ria, � que sobrariam 45 bilh�es de litros da atual reserva para dezembro. Por ora, ANA e DAEE diminu�ram a vaz�o liberada para a Sabesp em 4% at� o dia 15. S�o 21,5 mil litros por segundo, volume que a companhia j� vinha operando antes.
Sabesp
Em nota, a Sabesp informou que "mant�m as proje��es iniciais" e diz que o comit� anticrise "obrigou a companhia a apresentar proje��es muito mais pessimistas". "Mas esta n�o � a posi��o da Sabesp", afirma. "� importante anotar que n�o h� qualquer decis�o dos reguladores, ANA e DAEE. Trata-se de mera recomenda��o do GTAG (comit� anticrise)." As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.