O delegado Lu�s Ricardo de Lara Dias J�nior, do 1.o Distrito Policial de Guaruj�, encaminhou na �ltima sexta-feira, 30, � Justi�a o pedido de pris�o preventiva dos cinco envolvidos no linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morta depois de ser violentamente espancada pelos moradores da comunidade de Morrinhos, onde morava. Fabiane foi confundida com uma suposta sequestradora de crian�as, que teve seu retrato falado publicado em uma p�gina da internet. Ontem, 3, completou um m�s da agress�o da dona de casa, que morreu dois dias depois do linchamento, em consequ�ncia de um traumatismo craniano, depois de ser espancada e ter seu corpo arrastado e lan�ado em um mangue pr�ximo. Ela foi resgatada por policiais militares, que a levaram para o Hospital Santo Amaro, onde j� foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em raz�o dos s�rios ferimentos.
Os cinco homens presos logo ap�s o linchamento, j� que foram reconhecidos nas imagens feitas pelos pr�prios moradores, n�o tendo como negar a participa��o no crime, continuam detidos, por for�a da pris�o tempor�ria de 30 dias decretada pela Justi�a. Os acusados s�o Valmir Barbosa, de 48 anos; Jair Batista dos Santos, de 35; Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 23, Lucas Rog�rio Fabr�cio, de 19 e Abel Vieira Botelho, de 18 anos.
De acordo com o delegado Lara, caber� agora ao juiz auxiliar da 1.a Vara Criminal de Guaruj�, Leonardo Grecco, analisar toda a documenta��o e decretar a pris�o preventiva dos acusados do crime que chocou o Pa�s, pela viol�ncia das imagens. Dezenas de pessoas e at� crian�as participaram da a��o criminosa, com paus e pedras. Fabiana era casada e tinha duas filhas, de um e de 12 anos. Parentes e vizinhos da vitima prometem promover, na tarde do pr�ximo domingo, dia 8, nova manifesta��o de protesto para que a viol�ncia n�o seja esquecida. Mais conformado, o marido de Fabiane, Ja�lson Alves das Neves, de 41 anos, afirma que "tem de seguir em frente e cuidar da felicidade das duas filhas". A mais velha, Yasmin, faz tratamento psicol�gico para conviver com a trag�dia, enquanto a menor, de apenas um aninho, sente muita falta da m�e, com a qual era muito apegada.