A Pol�cia Civil no Rio investiga a morte, em 2005, de um ex-companheiro da advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, mulher do publicit�rio Eduardo Martins, acusado de matar o zelador Jezi Lopes de Souza, no dia 30, em S�o Paulo. Martins e Ieda casaram h� 11 anos.
O delegado Eg�dio Cobo, titular do 13.º Distrito Policial (Casa Verde), informou que o caso est� sendo apurado pela 36.ª Delegacia Policial (Santa Cruz) do Rio. O delegado Ismael Rodrigues, da 4.ª Delegacia Seccional de S�o Paulo, disse que a pol�cia far� o exame de bal�stica da arma encontrada na casa do pai de Martins, em Praia Grande, litoral paulista, para verificar se o rev�lver foi o mesmo usado no crime de 2005. O corpo de Souza tamb�m foi encontrado na casa no litoral.
Em depoimento, obtido pelo Estado, Ieda disse que Martins tinha desaven�as com o zelador, mas s� discuss�es verbais, “nunca com agress�es m�tuas ou palavras de baixo cal�o”. A advogada foi solta na noite de ter�a-feira, 3, depois que a pol�cia considerou que n�o h� provas da participa��o dela na morte. Ela ainda � suspeita de participar da oculta��o de cad�ver. Nas cinco p�ginas do depoimento, Ieda relata que Martins, com quem tem um filho, n�o tinha boa rela��o com Souza.
Relato
A advogada contou � pol�cia que, na hora do crime, por volta das 15h30, ela estava em seu escrit�rio, na Avenida Imirim, zona norte de S�o Paulo. Ieda tinha pedido para o marido ajudar a preparar uma mala com objetos para doa��o para uma igreja. Por volta das 16 horas, ela recebeu uma liga��o do marido, que estaria com a voz ofegante. Ele teria dito que estava passando mal e queria que ela voltasse para casa mais cedo.
Quando ela voltou, Martins pediu para Ieda comprar p�o. A advogada disse que n�o entrou em nenhum dos quartos nem olhou dentro da mala. Ficou tr�s minutos no im�vel. Ieda voltou do supermercado e o marido disse que seu pai, que mora na Praia Grande, estava passando mal.
Ele ficou de levar a mala at� a igreja e, depois, prestaria socorro ao pai. Ieda disse que o tr�nsito estava intenso e eles desistiram de ir � igreja para deixar a mala com a doa��o. O publicit�rio teria deixado mulher e filho no escrit�rio e ido para a Praia Grande em seguida. Em um v�deo gravado pela Pol�cia Civil, o publicit�rio nega a participa��o de Ieda no crime e afirma que levou o corpo para o litoral sozinho.