O Pal�cio do Planalto respirou aliviado com a decis�o dos metrovi�rios de S�o Paulo de n�o retomar a greve da categoria nesta quinta-feira, 12, dia de abertura da Copa do Mundo de Futebol, na cidade. "Vejo esta decis�o como um gesto de maturidade da categoria. Prevaleceu o interesse maior da popula��o e do Pa�s, por ocasi�o da Copa", disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidente, Gilberto Carvalho, ao reconhecer que o governo recebeu a not�cia "com al�vio e com a perspectiva de um dia mais tranquilo na abertura da Copa, em S�o Paulo".
Os petistas preferem sempre negociar e conciliar. Por isso, as conversas entre Bras�lia e S�o Paulo continuaram mesmo depois da suspens�o da greve. Na quarta-feira, 11, a tens�o em rela��o � decis�o da categoria era grande. Havia o temor de que a "arriscada" t�tica usada por Alckmin n�o desse certo e o caos voltasse a S�o Paulo, no dia da abertura do Mundial.
Enquanto isso, na contram�o do tom conciliador petista, o governador Geraldo Alckmin endureceu com os grevistas, anunciou que tinha uma lista de mais 300 para perderem o emprego por justa causa e avisou que n�o revogaria as demiss�es porque elas n�o foram feitas em raz�o da greve, mas "em raz�o de outros fatos, e fatos graves, como invas�o de esta��o, de depreda��o, vandalismo". Apesar do endurecimento do governador com os grevistas, eles n�o retomaram a greve. Com isso, os tucanos refor�am uma marca oposta � dos petistas, de que n�o negociam com quem descumpre a lei.
FHC
No Planalto, havia quem lembrasse que, com esta atitude, estivesse sendo repetido o gesto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, em maio de 1995, depois de uma greve de mais de 30 dias, demitiu mais de 70 petroleiros, entre eles o coordenador da Federa��o �nica dos Petroleiros, Ant�nio Carlos Spis, que anos mais tarde foi eleito presidente da CUT Estadual S�o Paulo. Naquela �poca, FHC quebrou a espinha dorsal do movimento, assim como Alckmin entende que fez agora, ao demitir os metrovi�rios.
Mas apesar do al�vio com a suspens�o da greve dos metrovi�rios, o governo federal mant�m aten��o m�xima para como ser� o dia de hoje n�o s� na capital paulista, mas em todas as cidades-sede. H� uma apreens�o em rela��o a como ser�o os protestos programados, embora a expectativa seja de que eles ser�o pac�ficos. No Rio, apesar do al�vio com a suspens�o da paralisa��o dos metrovi�rios cariocas, o an�ncio da greve de 24 horas dos aerovi�rios causou preocupa��o. Mais uma vez, o governo quer tentar evitar transtornos aos turistas que estar�o chegando aos aeroportos do Gale�o, de Santos Dumont e Jacarepagu�.