S�o Paulo, 14 - Tanto o secret�rio da Seguran�a P�blica de S�o Paulo, Fernando Grella Vieira, quanto o comandante-geral da Pol�cia Militar, Benedito Roberto Meira, afirmaram nesta sexta-feira que o uso da muni��o e de outras armas n�o letais, como bombas de efeito moral, na zona leste de S�o Paulo, foi necess�rio para restabelecer a ordem e o direito de ir e vir da popula��o e do torcedor. "A pol�cia agiu corretamente. Usou for�a proporcional aos eventos e atos de viol�ncia para manter a ordem p�blica", disse Grella.
H� um ano, o secret�rio falou que a muni��o n�o seria usada em protestos. "A bala de borracha n�o foi empregada (anteontem) contra manifestantes, foi usada em um grupo que estava ali para praticar atos de viol�ncia, agress�o e amea�a", afirmou. Grella disse ainda que a PM garantiu o direito de ir e vir e n�o se pode "fazer julgamento" a partir das imagens. A investiga��o foi instaurada ontem e ser� feita por meio de inqu�rito policial-militar (IPM).
Por volta das 13h40 de quinta-feira, a PM lan�ou bombas contra um grupo que tentava fechar a Radial. Quem protagonizou os confrontos com a PM - pelo menos seis entre 10h14 e 15h40 - foram cerca de 50 black blocs e anarquistas, muitos participantes dos protestos de junho de 2013. Entre os 15 feridos nos confrontos, h� cinco rep�rteres: duas jornalistas da emissora americana CNN e um do SBT, atingidos por estilha�os de bomba; al�m de um jornalista argentino e um de TV francesa, por balas de borracha.
Todos passam bem, mas a a��o foi criticada por organiza��es de m�dia, incluindo a Associa��o Brasileira de Emissoras de R�dio e Televis�o (Abert), que considerou "inaceit�vel que, a pretexto de conter protestos durante a Copa do Mundo, a pol�cia empregue m�todos violentos contra jornalistas, impedindo-os de exercer sua fun��o profissional". Organiza��es internacionais tamb�m cobraram puni��es de quem se excedeu. "As autoridades brasileiras prometem que a inaugura��o do Mundial ser� uma celebra��o, enquanto a pol�cia reprime brutalmente manifestantes pac�ficos em S�o Paulo", afirmou a Anistia Internacional, em nota oficial.