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Estado de Minas SEGURAN�A SEM ESFOR�O

For�as Armadas n�o precisaram intervir ainda para conter manifesta��es

Especialistas dizem que euforia do futebol superou protestos e popula��o passou a apoiar a��es da PM


postado em 15/06/2014 07:00 / atualizado em 15/06/2014 07:41

Daniela Garcia e Renata Mariz

Em São Paulo, protestos não chegaram ao Itaquerão, palco da abertura do Mundial, e atuação ficou limitada a cercos da Polícia Militar. Longe dali, 31 feridos em confronto(foto: REUTERS/Chico Ferreira )
Em S�o Paulo, protestos n�o chegaram ao Itaquer�o, palco da abertura do Mundial, e atua��o ficou limitada a cercos da Pol�cia Militar. Longe dali, 31 feridos em confronto (foto: REUTERS/Chico Ferreira )

Bras�lia – Superando as expectativas das secretarias de Seguran�a P�blica, nos primeiros dias de bola rolando na Copa do Mundo, apenas a Pol�cia Militar foi necess�ria para conter manifesta��es pontuais. Nenhum estado, at� agora, precisou do refor�o das For�as Armadas. De acordo com especialistas, a pol�cia manteve o controle porque o p�blico dos protestos foi muito pequeno. O governo federal tamb�m avalia que o come�o do megaevento transcorreu com “normalidade” e a expectativa do Planalto � que as manifesta��es diminuam conforme a equipe canarinho avance no torneio. Mas apesar do clima de tranquilidade, confus�es pontuais ocorreram em pelo menos cinco cidades-sede — S�o Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Belo Horizonte.

Segundo o Minist�rio da Defesa, nenhum governador requisitou o refor�o das for�as de conting�ncia. Vinte e um mil militares foram colocados � disposi��o das unidades da Federa��o em caso de tumulto. Para o soci�logo do Observat�rio Internacional da Democracia Participativa, Rud� Ricci, n�o se pode ignorar os recentes confrontos. Na quinta-feira, durante a abertura do Mundial, em S�o Paulo, o batalh�o de choque da PM usou balas de borracha e bombas de g�s para dispersar manifestantes na Radial Leste e na esta��o do metr� Tatuap� — principais vias de acesso ao Itaquer�o. “A �ltima coisa que a PM pode fazer � encurralar pessoas em locais fechados. Isso gera p�nico e � a principal causa de pisoteamento com mortes em grandes multid�es”, criticou.

Na avalia��o do governo federal, a atua��o da pol�cia paulista foi correta no sentido de garantir o acesso dos torcedores ao est�dio. “O que a PM fez foi evitar a qualquer custo que a manifesta��o impedisse o direito de quem queria torcer”, comenta o ex-secret�rio nacional de Seguran�a P�blica coronel Jos� Vicente da Silva. O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a Pol�cia Militar “agiu como � seu dever” e “evitou um problema maior” nas a��es contra manifestantes.

EXCESSOS Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com um grupo t�cnico de ministros, entre eles o da Defesa, Celso Amorim, e o da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, que avaliaram como positiva a atua��o da pol�cia na maioria das capitais, salvo alguns excessos em S�o Paulo, Manaus e Belo Horizonte. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, classificou como “desnecess�ria” a trucul�ncia em alguns protestos, como no caso de um manifestante j� rendido em S�o Paulo que teve os olhos atingidos por um spray de pimenta. O comando da PM, inclusive, abriu inqu�rito para apurar se houve excessos no epis�dio. O manifestante Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, tamb�m foi atingido por duas balas de borracha antes de ser detido.

Soci�logo especialista em seguran�a p�blica da Universidade de Bras�lia (UnB), Ant�nio Fl�vio Testa apoiou a postura da pol�cia e ressaltou o enfraquecimento das manifesta��es em rela��o a junho do ano passado. “Vamos ver agora protestos mais fragmentados. O brasileiro � um povo estranho. Com a Copa do Mundo ele n�o apoia mais essas manifesta��es”. O coronel Jos� Vicente da Silva concorda com a avalia��o de Testa. Para ele, no ano passado, as manifesta��es tinham o apoio da popula��o. Agora, a postura � diferente. A pol�cia conta com o apoio da maioria das pessoas, que deseja aproveitar o megaevento. (Colaborou Paulo de Tarso Lyra)

 

Exemplo se repete em protesto no CE

No terceiro dia de jogos da Copa do Mundo, as manifesta��es foram em menor escala no Brasil. Al�m de Belo Horizonte, manifestantes foram �s ruas na capital cearense para criticar gastos com a competi��o e cobrar investimentos em setores como educa��o e sa�de. Como ocorreu em S�o Paulo, um pai retirou a filha do meio da manifesta��o e a levou para casa.

Protesto reuniu cerca de 100 pessoas e percorreu o Centro de Fortaleza em dire��o ao est�dio. No caminho, comerciantes de importantes avenidas da cidade, como a Silas Munguba, fecharam as portas com medo de saques e depreda��es. Uma garota que participava da manifesta��o foi retirada do meio do protesto pelo pai, como ocorreu em S�o Paulo.

Na quinta-feira, a atitude do pai na capital paulista ganhou repercuss�o nacional ao ter di�logo filmado por v�rias equipes de TV. O homem aparece retirando o garoto de manifesta��o e afirma que ele poderia protestar quando trabalhasse. “Voc� vai ter o seu direito quando voc� trabalhar e ganhar seu dinheiro”, disse. O jovem respondia afirmando que queria “estudo”. “Deixa eu protestar. Eu quero estudo”, afirmou o filho. “N�o me interessa. Voc� j� tem. Eu pago sua escola”, disse o pai.

Ontem, em Manaus (AM), um ve�culo foi retirado do entorno da Arena da Amaz�nia por suspeita de bomba. Ap�s an�lise, a presen�a de explosivo foi descartada. O est�dio recebeu o primeiro jogo do Amazonas na Copa do Mundo, com o cl�ssico europeu Inglaterra x It�lia. De acordo com a Pol�cia Militar, durante vistoria do Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte), um c�o farejador do Ex�rcito sinalizou a possibilidade de haver um explosivo dentro de um ve�culo estacionado nas proximidades da arena. Militares vistoriaram o carro, que pertencia a uma empresa de seguran�a, e n�o encontraram bombas. O ve�culo passou por per�cia.

Segundo a PM, representantes da empresa informaram que os pneus do ve�culo foram trocados na sexta-feira por policiais armados e o cheiro da p�lvora pode ter sido detectado pelo c�o farejador. Apesar da suspeita de bomba ter sido descartada, agentes de seguran�a da Fifa determinaram a retirada do ve�culo do local. Ao todo, 830 policiais militares fizeram a seguran�a no entorno do est�dio, com apoio do Ex�rcito, Marinha, Pol�cia Federal, Pol�cia Civil e seguran�as da Fifa.


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