S�o Paulo, 16 - Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos h� tempos deixou de ser apenas um l�der social. � um estrategista pol�tico, que calcula cada ato da entidade, conhecida por usar a massa como forma de press�o.
E tem dado certo. Menos de uma semana ap�s organizar a Copa do Povo, em Itaquera, Boulos foi recebido pela presidente Dilma Rousseff (PT) e recebeu dela a garantia de que a ocupa��o poderia ser regularizada pelo programa federal Minha Casa Minha Vida. Um m�s depois, o Minist�rio das Cidades oficializou a promessa ao anunciar a constru��o de 2 mil moradias no terreno.
Ao mesmo tempo em que garante financiamento para seus projetos (e assim atrai cada vez mais simpatizantes), Boulos estuda a legisla��o em busca de brechas que transformem �reas p�blicas ou privadas em endere�os de sem-teto. Foi assim durante a revis�o do Plano Diretor de Embu das Artes, de Tabo�o da Serra e, agora, de S�o Paulo.
Cabe�a dos protestos do MTST, Boulos � quase onipresente. Divide seu tempo entre discursos para associados e reuni�es pol�ticas. S� na C�mara Municipal, foi recebido ao menos duas vezes no �ltimo m�s. Formado em Psicologia, com especializa��o em Psican�lise, Boulos deixou para tr�s uma vida confort�vel para protagonizar a milit�ncia pol�tica.
Aos 31 anos, o filho do m�dico infectologista Marcos Boulos, do Hospital das Cl�nicas, � casado com uma sem-teto e tem duas filhas. � o que se sabe de sua vida pessoal.
Boulos n�o diz onde mora e pro�be os companheiros a dar tal informa��o. Aos jornalistas, diz que d� entrevistas s� se for para falar da "luta". Ou, para quem preferir, divulga suas ideias no livro Por que ocupamos?, vendido a R$ 20 na internet. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.