S�o Paulo, 19 - Um ato do Movimento Passe Livre (MPL) marcado por redes sociais na internet reuniu cerca de 1,5 mil pessoas - segundo proje��o da Pol�cia Militar - na tarde de hoje, na Pra�a do Ciclista, na Avenida Paulista. Por volta das 17h20, duas ag�ncias foram depredadas na regi�o da Avenida Rebou�as, na zona oeste. Pouco depois das 19 horas, o alvo foi uma concession�ria da Mercedes Benz - pelo menos dez ve�culos foram destru�dos. A Tropa de Choque chegou depois da destrui��o. Em seguida, eles caminharam na Rua Butant�, lan�ando roj�es e atirando pedras.
Uma das ag�ncias destru�das � do Banco do Brasil. Os manifestantes chutaram o vidro e arrancaram as bandeiras hasteadas no local. Outros manifestantes fizeram um cord�o humano para impedir que quebrassem o vidro. Uma bomba foi estourada no local, mas nada ficou destru�do. Outra ag�ncia, do Citibank, teve a entrada depredada.
Mais cedo, um grupo de percuss�o se apresentava e gritava "Pula catraca!". Depois, os manifestantes leram em conjunto um manifesto e come�aram a caminhar por volta das 16h15. Perto das 17 horas, fecharam a sa�da da Rua Oscar Freire para a Avenida Rebou�as. O protesto bloqueou a passagem no cruzamento entre a Avenida Eus�bio Matoso e a Marginal do Pinheiros, �s 17h50.
O bord�o dos atos de 2013 era repetido: "Que coincid�ncia: n�o tem pol�cia, n�o tem viol�ncia". Por volta das 17 horas, n�o havia policiais militares pr�ximos � passeata. Algumas viaturas, no entanto, foram vistas circulando pela Rebou�as no sentido oposto ao da manifesta��o.
Por volta das 15h30, a Paulista j� havia sido bloqueada por um ve�culo da CET na altura da Pra�a do Ciclista. No local, diversos jornalistas da imprensa internacional acompanham o ato.
O professor de ingl�s Lusvarghi, que foi agredido na semana passada ap�s confronto com policiais militares em protesto no dia da abertura do Mundial, participou do movimento. Segundo ele, "para mostrar que as coisas est�o erradas e exigir que o governo tome uma atitude". O jovem diz n�o se arrepender de ter participado do protesto que lhe custou o emprego. "Tanto que estou aqui de novo para confrontar as for�as do Estado novamente", afirmou. Para ele, � poss�vel que haja novo confronto com as autoridades na passeata de hoje.
O ato deve ser pac�fico, segundo os presentes. "� um evento em comemora��o e ao mesmo tempo um novo protesto. Os 20 centavos n�o bastaram", diz o militante Marcelo Hotimsky. O MPL solidarizou-se � causa dos metrovi�rios e pede, em faixas, a readmiss�o dos 42 funcion�rios demitidos pelo Metr� ap�s cinco dias de greve.
"N�o estamos em busca de confus�o. Queremos fazer uma festa na Marginal Pinheiros", contou o militante. Para ele, se houver conflito, ser� por parte da Pol�cia Militar.
De acordo com nota divulgada pelo MPL em sua p�gina no Facebook, haveria caminhada do local at� a Marginal do Pinheiros, em comemora��o � data de hoje: h� um ano, os R$ 0,20 de aumento na passagem da capital paulista foram revogados ap�s uma s�rie de protestos iniciados pelo MPL, que ganhou ades�o de diversos setores da sociedade.
Na pra�a, a Defensoria Publica do Estado de S�o Paulo distribui um panfleto com o t�tulo "Direito das pessoas durante manifesta��es". Bonecos do prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT), e do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), eram carregados pelos manifestantes.
"Ei, Geraldo, se liga nesse toque. Voc� tem a PM e o povo, black block", cantavam.