
O Unicef j� adiantou que segundo os dados da Copa das Confedera��es e do Carnaval deste ano, o trabalho infantil supera o abuso e a explora��o sexual de crian�as e adolescentes em n�meros de den�ncias. Para Casemira Benge, chefe do Programa de Prote��o � Crian�a no Brasil, apesar do grande n�mero de den�ncias � preciso sensibilizar mais o brasileiro sobre a ilegalidade do trabalho infantil.
"Estamos preocupados com a naturaliza��o do trabalho infantil. Voc� sai � rua e v� uma crian�a vendendo algo. As pessoas olham isto com certa naturalidade, acham que � comum e que podem aceitar. Por isso, na nossa campanha, temos pe�as espec�ficas relacionadas ao trabalho infantil. � uma das viola��es mais frequentes durante megaeventos", disse.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica apresentados pelo Unicef informam que 3 milh�es de jovens de 10 a 17 anos trabalham no pa�s. Para Benge, o trabalho infantil facilita outras viola��es, como agress�es f�sicas e psicol�gicas, neglig�ncia e abuso sexual.
Al�m do Disque 100, que atende as den�ncias de viola��es de direitos humanos, o Unicef e o governo apostaram no aplicativo para smartphone Proteja Brasil, que informa as institui��es para fazer a den�ncia. O software j� foi baixado por 30 mil pessoas e a meta � chegar a 50 mil downloads at� o fim da Copa do Mundo.
Os dados coletados sobre a viola��o das crian�as e adolescentes durante a Copa do Mundo v�o ajudar as entidades do setor a estabelecerem uma liga��o entre os grandes eventos e estes crimes, para avaliar se h� um aumento da incid�ncia durante estes per�odos: "Ainda n�o h� dados que comprovem esta liga��o. Mas consideramos esta preocupa��o leg�tima", disse Benge.