
Duas manifesta��es anticopa e contr�rias � pol�tica de seguran�a do governo do Rio ocorreram na orla de Copacabana, em meio aos milhares de torcedores que foram � praia para acompanhar, na Fifa Fan Fest, o jogo do Brasil contra Camar�es.
O policiamento foi refor�ado ao longo da Avenida Atl�ntica, inclusive com agentes da For�a Nacional. Os manifestantes seguram faixas e cartazes lembrando os nomes de v�timas mortas em a��es policiais, como o pedreiro Amarildo de Souza, a auxiliar de servi�os gerais Claudia Silva e o dan�arino Douglas Rafael Pereira, o DG.
O morador de rua Rafael Braga – preso no ano passado durante os protestos – tamb�m foi lembrado. Ele era o �nico manifestante que continuava preso, acusado de portar explosivos, embora a defesa aleguasse que o rapaz levava apenas material de limpeza. Segundo a ativista Mariangela Carvalho, da Frente Independente Popular (FIP), ele ganhou a liberdade provis�ria na �ltima semana.
Enquanto os manifestantes seguem pela Avenida Atl�ntica, gritando frases como "O lucro da Fifa � surreal, aqui no Brasil n�o fica um real", e "Da Copa, eu abro m�o, eu quero mais dinheiro para sa�de e educa��o", e batendo tambor, os turistas parecem n�o se intimidar e param para bater fotos. Para eles, foram confeccionados cartazes e panfletos em ingl�s, com o t�tulo Why shout there won't be a World Cup – Porque gritamos n�o vai ter Copa, em tradu��o livre.
Imprensa estrangeira acompanha manifesta��o
Jornalistas estrangeiros acompanharam nesta segunda-feira (23) a manifesta��o que aconteceu em Copacabana, para lembrar as v�timas de viol�ncia dentro das favelas. Andres Valenzuela, que gravava com manifestantes para a TV Azteca, da Guatemala, veio ao Brasil para fazer a cobertura da Copa do Mundo e o protesto chamou sua aten��o.
"Estamos cobrindo tudo que tenha a ver com a Copa, inclusive as manifesta��es. � uma pena que turistas tenham que ver de t�o perto pessoas fazendo pedidos como esses", diz. Perguntado se ele entende o motivo do protesto, Valenzuela disse que "um pouco". "Pelo que eu entendi, n�o se fazem valer os direitos dos pobres, inclusive os matam". De acordo com ele, sua emissora deve dar a not�cia como nota, com cerca de um minuto e meio.
Jornalista freelancer para ve�culos no M�xico e nos Estados Unidos, Andalucia Knoll disse que j� sabia das manifesta��es antes de vir ao Brasil para cobrir "o outro lado da Copa". "� importante que as pessoas afetadas pela Copa e pelo governo tamb�m, que parece usar o evento como desculpa para remover pessoas e desrespeitar os direitos, possam se manifestar. Estou escutando as pessoas aqui e vejo que � importante protestar na frente da Fifa Fan Fest, para mostrar que nem tudo relacionado � Copa � bonito", relata.
Um outro grupo se juntou ao que saiu do Leme e o protesto seguiu para o Cantagalo acompanhado de forte aparato policial.