Empresa investigar� suposto uso indevido de �gua de rio

Sorocaba, 27 - Oscila��es repentinas na vaz�o do Rio Atibaia, respons�vel pelo abastecimento de 95% da popula��o de Campinas, levaram a Sociedade de Abastecimento de �gua e Saneamento (Sanasa) a suspeitar de uso indevido do manancial. Na pr�xima quarta-feira, dia 2, um helic�ptero levantar� voo para fazer um rastreamento a�reo em toda a bacia em busca de poss�veis represamentos ou capta��es irregulares. Al�m da equipe da Sanasa, t�cnicos do Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE), �rg�o estadual, acompanhar�o as buscas.

Nesta sexta-feira, 27, a vaz�o do Atibaia estava em 5,02 metros c�bicos por segundo, mas na quinta-feira, �s 19h, chegou a 3,9 m3/s, conforme a Sanasa. As quedas s�bitas no n�vel do rio intrigam os t�cnicos. Uma das hip�teses � de que esteja havendo represamento ou retirada clandestina de �gua para uso industrial ou agr�cola. A �gua pode estar sendo bombeada para encher a�udes particulares.

A reportagem passou pela �rea em voo comercial nesta sexta-feira e constatou que, al�m das represas do Cantareira estarem com praticamente 50% da l�mina d'�gua habitual, v�rios a�udes em propriedades do entorno est�o secos ou t�m muito pouca �gua.

O Rio Atibaia � formado pelos rios Cachoeira e Atibainha, que s�o contribuintes do Sistema Cantareira. Nos �ltimos dias o n�vel ficou t�o baixo que, por duas vezes, foi necess�ria a libera��o emergencial de �gua do Cantareira para n�o deixar Campinas sem abastecimento. O problema � que o sistema que abastece a Regi�o Metropolitana de S�o Paulo tamb�m sofre com a crise h�drica: os reservat�rios atingiram 21,1% da capacidade nesta sexta-feira, incluindo a reserva t�cnica conhecida como "volume morto".

Os t�cnicos da Sanasa n�o entendem o que est� causando tanta oscila��o e, por isso, optaram por investigar. O voo ser� custeado pela empresa. Nesta �poca, a vaz�o m�dia do rio deveria estar em torno de 15 m3/s. O problema � que, desde o in�cio do ano, choveu 300 mil�metros a menos que a m�dia. A Sanasa capta 3,5 m3/s para abastecer quase um milh�o de pessoas em Campinas. Com a crise, a cidade esteve v�rias vezes na imin�ncia de adotar o racionamento. A medida tem sido postergada na expectativa da volta das chuvas.