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Estado de Minas

Parques da Copa ficam na promessa


postado em 29/06/2014 10:01

S�o Paulo, 29 - Se a fama do Brasil l� fora � de Pa�s do futebol, do carnaval e das belezas naturais, nada melhor que aproveitar a Copa do Mundo para tamb�m oferecer aos turistas o contato com o meio ambiente - o carnaval j� est� embutido na festa. Essa era a ideia por tr�s de um projeto lan�ado h� tr�s anos pelo governo federal - o Parques da Copa. Mas o Mundial est� a� sem que o plano tenha vingado. Na melhor das hip�teses, somente 25% dele foi realizado.

A previs�o inicial, anunciada em 2011, era investir R$ 668 milh�es em 26 parques federais e em 21 estaduais e municipais, em uma parceria entre os Minist�rios do Meio Ambiente (MMA) e do Turismo. No in�cio deste ano, o n�mero de parques foi reduzido para 16 no entorno das 12 cidades-sede, e o Turismo fez pela primeira vez um aporte espec�fico para o projeto: R$ 10,4 milh�es.

Esse foi o �nico valor apresentado tendo como destino direto o Parques da Copa - 1,55% do projetado inicialmente. O Instituto Chico Mendes para a Conserva��o da Biodiversidade (ICMBio), �rg�o respons�vel pelas unidades, afirmou, no entanto, que ao longo desses tr�s anos foram investidos em 19 parques (entre eles 16 da Copa) cerca de R$ 171 milh�es.

O dinheiro, de acordo com o instituto, foi para infraestrutura (R$ 78 milh�es j� executados em projetos e obras e mais cerca de R$ 11 milh�es em execu��o); para regulariza��o fundi�ria (R$ 12 milh�es em tr�s parques); e para custeio dos 16 parques (R$ 70 milh�es em servi�os, vigil�ncia e manuten��o).

Para ambientalistas, por�m, o valor, que elevaria os gastos para um quarto do que foi prometido, inclui tarefas que s�o da pr�pria manuten��o das unidades e n�o s�o relativas a melhorias para o turismo. � o caso do custeio e da regulariza��o fundi�ria. Em geral, os especialistas consideram que, com poucas exce��es, a maioria dos parques no Brasil n�o tem condi��es de receber turistas.

De fato, dos R$ 78 milh�es de infraestrutura (fatia que realmente importa para o turismo), 85% ficaram concentrados em quatro unidades, segundo dados do ICMBio. Metade foi para o Parque da Tijuca, R$ 15,8 milh�es para o de Jurubatiba, R$ 12 milh�es para o Parque da Tijuca e R$ 7 milh�es para Fernando de Noronha.

Investimentos, que, segundo os especialistas, n�o fizeram diferen�a. "N�o vimos nenhum caso, ao menos nenhum �nico parque sequer, que tenha passado por alguma mudan�a positiva. A verdade � que, tirando os Parques do Igua�u e da Tijuca, que j� eram os mais bem estruturados do Brasil, todos os outros est�o em uma situa��o muito inferior", afirma Angela Kuczach, diretora da Rede Nacional Pr� Unidades de Conserva��o.

Poucos visitantes

. Estudo de 2011 da UFRJ sobre a contribui��o que as unidades de conserva��o poderiam dar � economia nacional calculou que h� potencial para obter at� R$ 1,8 bilh�o por ano com visita��o aos quase 70 parques federais do Pa�s. Em 2012, com 5,3 milh�es visitantes, foram arrecadados menos de R$ 27 milh�es.

Manifesto entregue por entidades ambientalistas e associa��es de turismo ambiental ao governo no in�cio de maio registra que parques dos EUA, em 2008, receberam 275 milh�es de visitas e arrecadaram US$ 11,5 bilh�es. Ainda segundo o texto, os cinco maiores parques da �frica do Sul recebem ao ano 4,3 milh�es de turistas.

Angela lembra que na Copa anterior, da �frica do Sul, havia pacotes para os turistas conhecerem os parques nacionais. "L� eles j� sabiam antes de chegar o que visitar. Aqui, quem � que chega a Cuiab� e sabe que a Chapada dos Guimar�es est� ali do lado?", indaga.

Beto Mesquita, diretor do programa Mata Atl�ntica da Conserva��o Internacional no Brasil, afirma que houve "algum incremento" nas 16 unidades, mas aponta que n�o foram a��es conectadas ao objetivo do programa de estruturar os parques para o uso p�blico. "Foi uma tremenda bola fora", disse, sem perder o trocadilho.

Outro lado. Sergio Brant, diretor de Cria��o e Manejo de Unidades de Conserva��o do ICMBio, declara que o que foi anunciado em 2011 n�o era um plano propriamente dito, mas uma "tentativa de atrair a aten��o dos visitantes para os parques nacionais e direcionar os investimentos". Segundo ele, "nunca houve de verdade um projeto fechado do que seria feito ou quanto seria aplicado".

De acordo com Brandt, a cifra de R$ 668 milh�es era um c�lculo que englobava todo o investimento necess�rio para aplicar n�o s� nos parques, mas tamb�m para que as cidades no entorno das unidades tamb�m tivessem uma infraestrutura tur�stica.

"Mas, quando se come�a a levantar as cifras, se v� que nem tudo � fact�vel. A inten��o era chegar na Copa com uma qualidade de servi�o melhor do que a gente tinha antes. Bem ou mal, acho que isso a gente vai conseguir." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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