S�o Paulo, 03 - O comit� anticrise que monitora o Sistema Cantareira rejeitou, pela segunda vez, o plano de conting�ncia apresentado pela Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) para operar o manancial pelos pr�ximos cinco meses. Ao mesmo tempo, os �rg�os reguladores decidiram reduzir em 8,4% a vaz�o m�xima que a empresa pode retirar das represas para abastecer, hoje, cerca de 7,3 milh�es de habitantes da Grande S�o Paulo.
Agora, at� o dia 15 deste m�s, a Sabesp n�o poder� retirar mais do que 19,7 mil litros por segundo dos quatro principais reservat�rios. Esta foi a primeira redu��o imposta pela Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), do governo federal, e pelo Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE), do governo paulista, com um limite inferior a que a Sabesp j� vinha praticando. Em junho, a empresa retirou, em m�dia, 19,9 mil litros por segundo. Antes da crise, eram captados 30 mil litros.
Na proposta feita ao comit�, intitulada �Plano de Conting�ncia II�, a Sabesp queria retirar 20,9 mil litros neste m�s. At� o fim de novembro, a empresa pleiteava retirada m�dia de 21,2 mil litros. Em comunicado divulgado ontem, o grupo t�cnico �concluiu n�o ser poss�vel, com o atual volume dispon�vel de 197,5 milh�es de m� (bilh�es de litros), o atendimento das vaz�es pretendidas (pela Sabesp) at� o horizonte de planejamento considerado de 30 de novembro de 2014�.
Na pr�tica, os t�cnicos alegam que, em um cen�rio no qual o volume de �gua que chega aos reservat�rios do Cantareira tem correspondido a apenas 50% das m�nimas hist�ricas, a capacidade dispon�vel hoje no manancial, mesmo com a parcela adicional do chamado �volume morto�, seria insuficiente para atender � quantidade de �gua pedida pela Sabesp. Conforme o Estado antecipou, junho foi o m�s mais seco do manancial em 84 anos, com vaz�o afluente 46% inferior � pior j� registrada.
C�lculos
O grupo pediu para que a Sabesp fa�a uma �reavalia��o�. Em maio, t�cnicos do comit� pediram que a empresa usasse um cen�rio mais �desfavor�vel� nas proje��es. Segundo c�lculo da Sabesp, e antecipado pelo Estado, com vaz�o afluente 50% abaixo da m�nima hist�rica, os 182,5 bilh�es de litros que est�o sendo retirados do �volume morto� podem acabar em 27 de outubro.
A Sabesp solicitou aos �rg�os reguladores a retirada de mais 100 bilh�es de litros da reserva profunda (4o0 bilh�es no total). O pedido ainda � analisado. Em nota, a Sabesp afirma que �as vaz�es determinadas pelos �rg�os reguladores s�o suficientes para garantir o abastecimento da popula��o da Grande S�o Paulo at� meados de mar�o de 2015�. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.