Profissionais das redes municipal e estadual de educa��o no Rio de Janeiro, que encerram uma greve em 27 de junho, podem retomar a paralisa��o. Hoje (7), depois de a prefeitura ter cancelado a audi�ncia de concilia��o com a categoria no Tribunal de Justi�a, os profissionais fazem nova assembleia, no centro. A Secretaria Municipal de Educa��o disse que suspendeu o encontro porque a categoria anunciou paralisa��o de 24h para esta segunda-feira.
Segundo explica��o dos professores municipais, a paralisa��o de hoje foi decidida para que pudessem acompanhar a audi�ncia. O objetivo era cobrar o cancelamento do corte de ponto de quem aderiu � greve em 12 de maio, denunciar a abertura de inqu�ritos administrativos para investigar grevistas e pedir a readmiss�o daqueles em est�gio probat�rio, dispensados pelo elevado n�mero de faltas, em consequ�ncia da paralisa��o, segundo o Sindicato Estadual dos Professores da Educa��o (Sepe).
“N�o vamos admitir nenhuma persegui��o pol�tica, porque cortar sal�rio e abrir inqu�rito contra profissionais que fizeram greve para lutar pela melhoria da escola p�blica � persegui��o pol�tica”, afirmou a diretora do sindicato, Suzana Gutierrez. Ela estima que cerca de mil profissionais ficaram sem sal�rio por causa do corte de ponto. At� o hor�rio da assembleia, �s 15h, os professores devem permanecer em frente � sede da prefeitura, na Cidade Nova, no centro.
Mesmo sem ter as reivindica��es atendidas, os profissionais das redes municipal e estadual suspenderam a greve no �ltimo dia 27. A categoria pede, al�m de reajuste salarial, plano de carreira unificado, reajuste linear de 20%, redu��o da carga hor�ria dos profissionais administrativos para 30 horas e elei��o direta para diretores, entre outros itens da pauta. Hoje, em vig�lia pela abertura das negocia��es, os professores vendem biscoito de polvilho em frente � prefeitura.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educa��o (SME), que saiu do recesso no dia 30, diz ter cortado o ponto dos profissionais em greve depois que o Supremo Tribunal Federal declarou a greve ilegal, no dia 13 de maio. “A SME esclarece que n�o existe previs�o para altera��es [na decis�o de cortar o ponto], j� que a medida � um procedimento legal em raz�o das faltas dos pr�prios profissionais”.
Segundo a secretaria, um encontro com a categoria “s� ser� agendado quando o sindicato encerrar, em definitivo, toda e qualquer a��o que represente paralisa��o no funcionamento das unidades escolares da rede”. A SME n�o comentou sobre a abertura de inqu�ritos que v�o investigar a atua��o de professores na greve e que podem gerar demiss�es.