Nos 23 dias em que houve Copa do Mundo no Brasil, a Ouvidoria das Policias do Estado de S�o Paulo registrou 27 queixas de assassinato e outras cinco reclama��es de pris�es que o �rg�o considera "arbitr�rias ou ilegais". O levantamento entre o dia 12 de junho (abertura da competi��o) e esta ter�a-feira, 8, foi feito pelo ouvidor J�lio C�sar Fernandes Neves com base nas reclama��es e den�ncias que chegam ao �rg�o.
Uma das den�ncias, de acordo com o �rg�o, � contra o policial militar Marcelo Aparecido Domingos Coelho, de 43 anos, que assassinou a atriz Luana Barbosa, de 25 anos, no �ltimo dia 27, durante uma blitz Presidente Prudente, no interior do Estado. Segundo o ouvidor, o PM responde ao crime em liberdade.
Endurecimento
As cinco reclama��es de pris�es arbitr�rias surgiram ap�s as manifesta��es contra a Copa do Mundo, a partir da abertura da competi��o. "A postura da pol�cia mudou nas manifesta��es. A atua��o � mais arbitr�ria. Prender advogado dentro do exerc�cio da fun��o aconteceu s� durante a Ditadura Militar", disse Neves.
Tr�s advogados foram detidos em atos contra a competi��o em S�o Paulo. Um deles, um observador legal do coletivo Advogados Ativistas, foi preso na Avenida Paulista, no �ltimo dia 23, acusado de porte de drogas. Ele assinou um termo circunstanciado (crime de menor potencial ofensivo) e foi liberado. No dia 1º de julho, outros dois advogados foram detidos e liberados.
No mesmo protesto do dia 23, o professor Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, e o t�cnico laboratorial F�bio Hideki Harano, de 26 anos, foram detidos por policiais do Departamento Estadual de Investiga��es Criminais (Deic). Eles foram acusados pelo secret�rio estadual de Seguran�a P�blica, Fernando Grella Vieira, de serem integrantes de grupos de black blocs.