S�o Paulo, 10 - Em 35 dias consecutivos de capta��o de �gua, a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp) j� retirou 26% dos 182,5 bilh�es de litros do chamado volume morto do Sistema Cantareira. At� ontem, segundo boletim do comit� anticrise que monitora a seca do manancial, a empresa j� havia consumido 47,3 bilh�es de litros da reserva profunda das Represas Jaguari e Jacare�, na cidade de Joan�polis, a cerca de 100 quil�metros da capital paulista.
As obras necess�rias para a capta��o in�dita do volume represado abaixo do n�vel das comportas da Sabesp custaram cerca de R$ 80 milh�es, sem licita��o, e as bombas flutuantes foram acionadas no dia 15 de maio pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O bombeamento, contudo, s� come�ou, de fato, em 4 de junho, um dia ap�s o volume �til das Represas Jaguari e Jacare� zerar. Juntas, elas representam cerca de 80% da capacidade do Cantareira.
Hoje, restam 57 bilh�es de litros do volume morto desses dois reservat�rios. Se a queda do n�vel de armazenamento mantiver o mesmo ritmo, essa reserva deve se esgotar em cerca de um m�s. A partir de ent�o, a Sabesp deve come�ar a retirar 78 bilh�es de litros do volume morto da Represa Atibainha, em Nazar� Paulista, a terceira em tamanho entre os cinco reservat�rios do sistema.
Pelos c�lculos mais pessimistas da Sabesp, todo o estoque do volume morto deve acabar at� 27 de outubro. Nesse per�odo, a gest�o Geraldo Alckmin (PSDB) espera que as chuvas voltem a cair no manancial, normalizando os reservat�rios. Desta forma, afirma a Sabesp, o abastecimento de �gua na Grande S�o Paulo estar� garantido at� meados de mar�o de 2015.
Mais �gua.
Diante da possibilidade de a crise de estiagem se prolongar, a Sabesp j� cogita usar mais 100 bilh�es de litros do volume morto do Cantareira. Ao todo, o sistema possui cerca de 480 bilh�es de litros que ficam abaixo do n�vel das comportas da Sabesp.
A ideia enfrenta resist�ncia da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), um dos �rg�os gestores do manancial, ao lado do Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE), do governo do Estado. A ANA defende que a Sabesp deixe 5% da atual cota do 'volume morto' para depois de novembro.
Conforme o Estado revelou nesta semana, an�lise estat�stica feita pelo comit� anticrise mostra que a probabilidade de o Cantareira acumular at� abril de 2015 um volume de �gua suficiente para tir�-lo da crise � de apenas 25%. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.