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Estado de Minas

Condenado 1� PM por 3 mortes ap�s a��o do PCC


postado em 12/07/2014 10:01 / atualizado em 12/07/2014 11:36

O cabo da Pol�cia Militar Alexandre Andr� Pereira da Silva foi condenado ontem pelo Tribunal do J�ri a 36 anos de pris�o pela morte de tr�s homens no m�s de maio de 2006. Silva � o primeiro PM a ser condenado entre os acusados de uma s�rie de assassinatos ocorridos naquele ano, que ficaram conhecidos como crimes de maio.

Segundo o grupo M�es de Maio, formado por parente das v�timas, 493 pessoas foram assassinadas nos dias que se seguiram aos atentados do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra autoridades de seguran�a do Estado. A pesquisa An�lise dos Impactos dos Ataques do PCC, produzida em 2009 pelo Laborat�rio de An�lise da Viol�ncia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, traz um total de 564 mortos, 59 deles agentes p�blicos, de 12 a 20 de maio daquele ano.

Silva foi condenado pela morte de Marcelo Heyd Meres, Felipe Vasti Santos e Murilo de Moraes Ferreira. Ele recebeu 36 anos de pris�o em regime fechado, por crime de homic�dio qualificado, al�m da perda do cargo p�blico. Mas poder� recorrer em liberdade.

O depoimento de uma testemunha dos homic�dios, chamada de “Assurbanipal” para proteger a identidade, foi o principal eixo para se chegar ao fim do caso. Ela estava no lava-r�pido, que fica na Avenida Ramiz Galv�o, quando ocorreram as mortes, mas conseguiu fugir.

A m�e de Ferreira, uma das v�timas, �ngela Maria de Moraes Ferreira, de 50 anos, comemorou a decis�o. “Sempre confiei na Justi�a.” Para ela, a condena��o traz um al�vio. “Pelo menos � um a menos na rua para fazer o que fizeram com o meu filho.” Segundo �ngela, o julgamento trouxe esperan�a ao Movimento M�es de Maio”.

O movimento � formado por cerca de 70 mulheres que acusam a PM como respons�vel pela morte de seus filhos. Desde a forma��o do grupo, elas pedem a desmilitariza��o da pol�cia, a cria��o de uma pol�tica de apoio aos familiares de v�timas da viol�ncia do Estado e que os casos sejam caracterizados como homic�dio, e n�o “resist�ncia seguida de morte”.

Chacina

A defensora p�blica Ma�ra Coraci Diniz, que atuou como assistente na acusa��o do PM, afirmou em nota que a defensoria p�blica “deve somar for�as �s do Minist�rio P�blico quando no banco dos r�us est� um representante do Estado que se utiliza de seu poder para cometer um crime”. Sobre a condena��o, Ma�ra disse que foi “um sopro de esperan�a” para as m�es. “A condena��o foi justa. Foi uma chacina.”

“O Tribunal do J�ri condenou um inocente”, afirmou o advogado de defesa Eug�nio Carlo Balliano Malavasi, que j� recorreu da decis�o, solicitando a anula��o do j�ri. “Tem prova absolutamente clara de que ele n�o estava no local dos fatos”, argumentou, citando em seguida o depoimento de uma testemunha que, segundo ele, trabalhou com o PM no dia das mortes. O advogado ainda lembrou que o PM havia sido absolvido em processo administrativo.


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