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Estado de Minas

Apesar de cr�ticas, governo diz que direito � manifesta��o na Copa foi garantido


postado em 15/07/2014 08:13

Apesar da aprova��o de leis que vetaram ou restringiram a realiza��o de greves e das pris�es de manifestantes, no �ltimo fim de semana, no Rio de Janeiro, para o governo federal, n�o houve viola��o do direito � manifesta��o durante a Copa do Mundo. A an�lise foi apresentada nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva que reuniu mais de 15 ministros, em Bras�lia.

O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, disse que foi informado sobre a opera��o Firewall, da Pol�cia Civil do Rio de Janeiro, pelo secret�rio de Seguran�a do estado, Jos� Mariano Beltrame, j� que os inqu�ritos correm em segredo de Justi�a. Segundo o ministro, ele foi informado de que “as provas s�o consistentes” e de que ind�cios revelavam a exist�ncia de um conjunto de pessoas que, organizadamente, articulavam atos il�citos.

Dois adolescentes foram apreendidos e 17 adultos foram presos no �ltimo s�bado (12), no Rio. Os presos respondem pelo crime de forma��o de quadrilha armada, com pena prevista de at� tr�s anos de reclus�o. Na segunda-feira (13), eles foram transferidos para o Complexo Penitenci�rio de Gericin�, em Bangu.

Organiza��es como a Anistia Internacional e a Justi�a Global criticaram as deten��es e consideraram que elas agridem a liberdade de express�o e o direito � manifesta��o. Em nota assinada por dezenas de entidades da sociedade civil, entre as quais a Comiss�o de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, as organiza��es argumentam que “nenhum elemento que foi apreendido tipifica o crime de forma��o de quadrilha armada”.

Os movimentos dizem ainda que “a repress�o das For�as de Seguran�a P�blica militarizadas tem violentado professores, bombeiros, garis e qualquer cidad�o que conteste a ordem constitu�da. Neste sentido, vivemos a suspens�o dos direitos pol�ticos tais como: greve, manifesta��o e organiza��o”.

Tamb�m no domingo, um ato de rep�dio �s viola��es de direitos humanos ocorridas na Copa do Mundo foi reprimido pela Pol�cia Militar (PM) do Rio. Pelas redes sociais, manifestantes que estavam na Pra�a Saens Pe�a, na zona norte, divulgaram fotos e v�deos das agress�es. Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Munic�pio do Rio de Janeiro informou que 15 jornalistas foram agredidos por policiais ou se feriram com armas n�o letais desses agentes. Hoje, o comando PM determinou a abertura de inqu�rito para apurar a a��o dos policiais.

A��es violentas da pol�cia contra manifestantes tamb�m foram registradas em outras cidades-sede durante a Copa do Mundo, como Porto Alegre, Natal e Fortaleza.

Perguntado se a a��o policial contra manifesta��es preocupa o governo, Jos� Eduardo Cardozo disse que defende a investiga��o de poss�veis abusos por parte dos agentes do Estado e que � contr�rio � viol�ncia, seja de manifestantes ou de policiais. J� o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que “n�o houve qualquer restri��o legal ao direito � manifesta��o no pa�s”. Presente na coletiva convocada pelo governo para apresentar os resultados da Copa, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, Ideli Salvatti, n�o se pronunciou sobre o caso nem mostrou balan�o das a��es de sua pasta.

O advogado-geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams, disse que as regras que foram aprovadas no contexto da Copa do Mundo, como a Lei Geral da Copa e as decis�es judiciais sobre diversas greves respeitaram a Justi�a brasileira. Para ele, as a��es foram ajuizadas “em benef�cio de todos” e o Judici�rio “foi firme ao dizer que a Copa foi feita dentro da legalidade”.

Em maio, por solicita��o da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), uma decis�o da 3ª Vara de Justi�a de Pernambuco determinou que a Associa��o Pernambucana de Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS-PE) e a Associa��o dos Pra�as de Pernambuco (Aspra-PE) pagassem R$ 1.103.014,40 � Uni�o. O valor era referente aos gastos com o envio da For�a Nacional de Seguran�a P�blica e do Ex�rcito Brasileiro ao estado, em decorr�ncia da greve das categorias.

No mesmo m�s, o Superior Tribunal Justi�a (STJ), proibiu servidores da Pol�cia Federal (PF) de entrarem em greve. A decis�o tamb�m foi motivada por uma a��o da AGU para garantir o trabalho dos policiais federais �s v�speras da Copa do Mundo.


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