O Metr� de S�o Paulo desistiu de demitir dois funcion�rios que haviam sido dispensados ap�s a greve de cinco dias que parou grande parte do sistema no in�cio de junho. Com isso, restam 40 empregados que ainda correm o risco de perder os postos de trabalho: esse grupo ingressar� com processos na Justi�a na quinta-feira, 17. A informa��o � do Sindicato dos Metrovi�rios, que preferiu n�o divulgar o nome dos funcion�rios reabsorvidos pela empresa, temendo algum tipo de retalia��o a eles.
Na �poca das demiss�es, o Metr� alegou que os demitidos se envolveram em quebra-quebra na Esta��o Ana Rosa, quando a Tropa de Choque da Pol�cia Militar invadiu o local para dispersar os manifestantes. J� o sindicato sempre defendeu que as demiss�es foram arbitr�rias, porque os demitidos teriam sido escolhidos entre diretores ativos da entidade, numa decis�o pol�tica. "As demiss�es foram contra o direito de greve", informou o sindicato em junho.
Em uma audi�ncia de concilia��o entre as partes durante a greve na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no centro, o presidente do Metr�, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, chegou a admitir a possibilidade de n�o demitir 40 dos 42 dispensados. Entretanto, pouco depois, uma ordem do Pal�cio dos Bandeirantes, sede do governo Geraldo Alckmin (PSDB), desautorizou a recontrata��o de qualquer demitido.
O pr�prio governador reiteradamente se mostrou contr�rio � possibilidade de recontrata��es em entrevistas ao longo de junho. Diversos movimentos sociais, assim como todas as centrais sindicais do Pa�s, divulgaram apoio � causa dos metrovi�rios demitidos, criticando a postura de Alckmin, que classificaram de intransigente e at� autorit�ria.