Os desdobramentos do caso dos ativistas condenados por atos violentos em manifesta��es envolvem agora uma deputada estadual do Rio de Janeiro e podem chegar � Comiss�o Interamericana de Direitos Humanos (CDH), da Organiza��o dos Estados Americanos (OEA). A parlamentar Janira Rocha (PSol) foi acusada de favorecimento por ter dado carona � advogada Eloisa Samy, 45 anos, na sa�da do Consulado-geral do Uruguai, na Zona Sul da cidade. Eloisa integra a lista dos 23 condenados depois de den�ncia do Minist�rio P�blico de planejar e participar de protestos violentos na capital fluminense. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o caso e deve recorrer ao organismo internacional, alegando “viola��es de direitos humanos e de garantias constitucionais” no inqu�rito contra o grupo de manifestantes.
Leia mais not�cias em Brasil
A deputada estadual acompanhava o caso desde o momento em que o pedido de asilo pol�tico foi feito na representa��o diplom�tica por Eloisa, Davi Paix�o e Camila Nascimento — eles alegaram estar sofrendo persegui��o pelo estado do Rio. No in�cio da noite da �ltima segunda-feira, ela informou � imprensa que a solicita��o fora negada. Depois da resposta negativa, ela deu carona � advogada. “No desespero da advogada que n�o conseguiu asilo, ela me pediu para lev�-la at� S�o Conrado (bairro do Rio), onde desceu e pegou um t�xi para encontrar a fam�lia”, disse Janira. Eloisa e outras 17 pessoas s�o consideradas foragidas desde sexta, quando a Justi�a do Rio aceitou den�ncia contra ela e outros 22 r�us acusados de se associarem para a pr�tica de crimes em protestos, incluindo depreda��es e agress�es a policiais.
A sa�da do consulado, no entanto, foi considerada um delito pela Pol�cia Civil. A corpora��o informou, por meio da assessoria de imprensa, que tomou as medidas consideradas cab�veis. “Com base nas declara��es da deputada estadual Janira Rocha, a 10ª DP (Botafogo) notificou a presid�ncia da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e o Tribunal de Justi�a sobre o crime de favorecimento pessoal (Artigo 348 do C�digo Penal), que teria sido cometido pela parlamentar”, disse a nota.