No ranking dos pa�ses com melhor IDH, Brasil sobe uma posi��o e � o 79�

Um pa�s que mant�m uma curva ascendente de desenvolvimento desde os anos 1980, mas ainda luta para superar a desigualdade social. � esse o Brasil retratado pelo relat�rio do Desenvolvimento Humano 2014, lan�ado pelo Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), na madrugada desta quinta-feira (24/7), em T�quio. Como nos anos anteriores, o Brasil melhorou seu �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH). Diferentemente do ano passado, quando ficou estagnado no ranking mundial, dessa vez conseguiu subir uma posi��o na lista. Foram analisados os cen�rios de 187 pa�ses, levando-se em conta tr�s dimens�es para consolidar o IDH 2013: vida longa e saud�vel, educa��o e padr�o de vida decente. Nessa lista, o Brasil est� em 79� lugar, mantendo a classifica��o de alto IDH. No �ndice de 2012, ocupava a 80� posi��o. No ano passado, o Pnud havia divulgado que o Brasil estava 85� lugar no IDH 2012. A mudan�a se deve � revis�o da metodologia, que foi aplicada a todos os anos para ser poss�vel desenhar a s�rie hist�rica. Na escala de 0 a 1, em que o 1 � o melhor �ndice poss�vel, o pa�s est� com 0.744, contra 0.742 no ano passado. Ainda que t�mido, o crescimento foi bem avaliado por especialistas do Pnud, que destacam o Brasil como um dos 18 pa�ses, entre os 102 que t�m alto ou muito alto IDH, que conseguiram melhorar no ranking. Eles atribuem o crescimento constante a a��es pol�ticas, como o investimento em programas sociais, o fortalecimento do Sistema �nico de Sa�de (SUS), a busca pela estabilidade econ�mica e a expans�o do acesso a universidades. O coordenador-residente do Sistema Na��es Unidas no Brasil e representante-residente do Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Jorge Chediek avalia que o desafio do Brasil e de outros pa�ses � consolidar os avan�os. "Queremos sociedades que n�o s� progridem, mas que mantenham esse progresso. A vulnerabilidade � o processo que destr�i ou limita oportunidades", diz. Como manter o progresso humano em todo o mundo � o tema do relat�rio do Pnud, que pede aten��o �s vulnerabilidades da sociedade. Para Chediek, � preciso colocar a resili�ncia como fator central de compromisso. "Deve-se eliminar a pobreza e tamb�m garantir que a pessoa n�o vai voltar � pobreza", disse. Um dos destaques do relat�rio � a posi��o do Brasil como pa�s que tem diminu�do o �ndice de desemprego nos �ltimos anos e tamb�m de empregos informais. Nesse aspecto, o pa�s vai contracorrente, j� que a maioria dos identificados no relat�rio tem um aumento de desemprego e de emprego informal. Para o soci�logo e professor da Universidade de Bras�lia Marcelo Medeiros a ascens�o de pessoas ao emprego formal � muito positiva. "Porque ela assegura garantias sociais, seguro desemprego, previd�ncia e � uma boa prote��o contra a discrimina��o", avalia. Medeiros diz que h� uma mudan�a geral no comportamento do mercado de trabalho de diminui��o relativa nos sal�rios mais altos e aumento nos mais baixos. "Em parte, isso ocorre por causa do aumento do sal�rio m�nimo, o que influencia as remunera��es e a previd�ncia social. Tamb�m houve um pequeno aumento no repasse do Bolsa Fam�lia, que j� n�o tem mais o impacto de mudan�a que tinha antigamente, mas ainda assim traz uma pequena redu��o para a desigualdade."