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Estado de Minas

Brasil reduz desigualdade social, mas ainda tem longa batalha

Para os especialistas, os programas sociais t�m papel importante na supera��o do problema


postado em 24/07/2014 08:44

"� um problema reconhecido, mas o desenvolvimento do pa�s vem mostrando harmoniza��o crescente", diz a coordenadora do Atlas Brasil no Pnud (foto: Pedro Ladeira/Esp. CB/D.A Press)

Ao ajustar o �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil � desigualdade social do pa�s, o indicador cai de 0.744 para 0.542. Sob essa �tica, a queda � de 27%. Especialistas do Pnud destacam que o retrato revela que, embora venha crescendo em termos de desenvolvimento humano, o pa�s ainda � muito desigual.

O soci�logo e professor da Universidade de Bras�lia Marcelo Medeiros diz que o recorte relembra a necessidade de tornar a sociedade mais igualit�ria. “Quando voc� introduz uma medida de desigualdade no IDH, voc� lembra que o �ndice est� associado a uma sociedade mais igualit�ria, o que n�o acontece no Brasil. Est� diminuindo, mas o 1% mais rico no pa�s concentra mais renda que a metade mais pobre junta”, diz Medeiros.

“A desigualdade � uma quest�o que ainda precisa ser equacionada. � um problema reconhecido, mas o desenvolvimento do pa�s vem mostrando harmoniza��o crescente”, diz a coordenadora do Atlas Brasil no Pnud, Andrea Bolzon.

Para os especialistas, os programas sociais t�m papel importante na supera��o da desigualdade. Jorge Chediek, coordenador-residente do Sistema Na��es Unidas no Brasil e representante-residente do Programa das Na��es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil desde 26 de abril de 2010, diz que � preciso continuar investindo nas iniciativas.

“Muitas pessoas falam da ideia de que tem de ter programas de sa�da, mas �s vezes, n�o vai ser poss�vel que as pessoas saiam permanentemente da pobreza, porque t�m um capital social muito baixo. A educa��o muito baixa, elas pertencem a regi�es muito pobres, t�m pouco capital social”, diz Chediek.

No relat�rio do Desenvolvimento Humano 2014, o Pnud apresenta ainda o �ndice de Pobreza Multidimensional. A tentativa � identificar a pobreza n�o apenas pela renda per capita, mas tamb�m por priva��es em �reas como sa�de, educa��o e padr�o de vida. No Brasil, 3,1% da popula��o � multidimensionalmente pobre, enquanto um adicional de 7,4% est�o pr�ximos da pobreza multidimensional.

Maria Lucineide da Silva, 48 anos, � um exemplo de como o poder de compra no pa�s cresceu. H� 20 anos trabalhando como empregada dom�stica em apartamentos no Plano Piloto, ela conta que o destino de todo o sal�rio que ganhava era para sustentar a casa onde mora com os quatro filhos, no Jardim Ing�. O primeiro sonho consumista Maria satisfez ao comprar um microondas, parcelado em seis vezes. O que antes era loucura, foi poss�vel gra�as aos R$ 189 que come�ou a receber do Bolsa Fam�lia h� tr�s anos. “Esse dinheiro alimenta minha autoestima”, disse, enquanto comprava quatro jornais na livraria da Rodovi�ria.


Ela fica impaciente quando ouve que o Bolsa Fam�lia � uma esmola. “J� falaram que esse dinheiro � como ‘dar o peixe sem ensinar a pescar’. Mas eu sei pescar. � uma ajuda que s� me d� vontade de buscar mais”, explica. A maior mudan�a que sentiu foi ao comprar o material escolar dos filhos pela primeira vez. “Deu para levar uma mochila melhor, um caderno mais bonito. Antes o dinheiro ia todo para o leite”, lembra.


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