Laudos do Instituto de Criminal�stica (IC) e do Grupo de A��es T�ticas Especiais (Gate) mostram que artefatos encontrados pela Pol�cia Civil com dois manifestantes detidos em um ato contra a Copa do Mundo em 23 de junho, em S�o Paulo, n�o eram explosivos. O estudante Fabio Hideki Harano, de 26 anos, e o professor de ingl�s Rafael Lusvarghi, de 29, est�o presos h� 43 dias, acusados de porte de explosivos, associa��o criminosa e incita��o � depreda��o do patrim�nio p�blico.
Os relat�rios do IC e do Gate foram encaminhados ontem � Pol�cia Civil. C�pias foram enviadas aos advogados dos presos. Os dois acusados declararam em depoimento que n�o eram "black blocs" e que tinham sido humilhados pela Pol�cia Civil ap�s a pris�o. O porte de explosivos pode resultar em pris�o de at� seis anos, em regime fechado.
As defesas devem apresentar hoje novo pedido de liberdade dos r�us. Harano, funcion�rio da farm�cia do Centro de Sa�de Escola Butant� e estudante de Comunica��o da USP, disse ter sido agredido por policiais do Departamento Estadual de Investiga��es Criminais (Deic). Os agentes tamb�m teriam machucado o manifestante na viatura que o levou da Avenida Paulista, local do protesto, � delegacia. Harano est� preso na Penitenci�ria de Trememb�.
Sub judice
Em nota, a Secretaria da Seguran�a P�blica (SSP) informou que "os fatos est�o sub judice e foram objeto de den�ncias oferecidas pelo Minist�rio P�blico Estadual ao Poder Judici�rio, que manteve as pris�es preventivas" dos dois. "As den�ncias, que n�o se baseiam apenas em objetos encontrados com ambos, se converteram em processos judiciais, nos quais Harano e Lusvarghi figuram como r�us."
Sobre a acusa��o de agress�o ao manifestante, a SSP havia afirmado, na semana passada, que n�o tinha registro do caso.