Os funcion�rios da Universidade de S�o Paulo (USP) decidiram na tarde desta quarta-feira, manter a greve, que j� chega a 114 dias. A decis�o foi tomada ap�s reuni�o dos lideres sindicais com representantes da reitoria, que durou mais de tr�s horas e terminou sem sucesso.
Segundo os grevistas, o principal ponto de diverg�ncia � a reposi��o dos dias parados durante a greve. A reitoria quer um calend�rio para compensar praticamente todas as horas n�o trabalhadas. J� o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) defende apenas eliminar o servi�o acumulado, sem necessidade de estender o expediente para atividades em que n�o h� demanda.
"Querem nos punir, assim como no corte de ponto", criticou Magno de Carvalho, presidente do Sintusp. No caso dos professores, todas as classes suspensas durante a greve devem ser dadas. O calend�rio de reposi��o ser� definido por cada faculdade ap�s a volta �s atividades.
Outro pedido dos servidores t�cnico-administrativos � o reajuste do vale-alimenta��o. A USP disse, de acordo com eles, que a atualiza��o do benef�cio deveria ser discutida junto com as outras universidades estaduais, em respeito � regra da isonomia.
A not�cia foi recebida com decep��o pelos grevistas, reunidos em frente ao pr�dio da reitoria, no c�mpus Butant�, zona oeste da capital. O grupo votou por manter a paralisa��o.
Os resultados do encontro ser�o levados para a audi�ncia de concilia��o que ocorre nesta tarde no Tribunal Regional do Trabalho entre reitoria e sindicato. Nova reuni�o entre os grevistas e a comiss�o interna de negocia��o montada pelo reitor Marco Antonio Zago est� pr�-marcada para esta quinta-feira. Caso a greve n�o se resolva nos pr�ximos dias, ela poder� ser julgada pela Justi�a.