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Estado de Minas

Ator denuncia que sofreu agress�o e homofobia no Rio de Janeiro

Thiago Britto, que tamb�m � fot�grafo, foi xingado e apanhou com uma vassoura, socos e chutes. Agressor teria dito que nada iria acontecer


postado em 25/09/2014 20:07 / atualizado em 25/09/2014 21:36

O ator e fot�grafo Thiago Britto, de 25 anos, foi agredido na noite dessa quarta-feira, no Catete, zona sul do Rio, por um homem identificado como Arlindo Ramos de Oliveira, de 40 anos. Ele acredita ter sido v�tima de homofobia.

Britto contou que saiu de uma aula na rua Corr�a Dutra por volta das 22h e parou para fotografar com o celular um muro grafitado. De longe, Oliveira teria come�ado a gritar para que ele n�o o fotografasse. Quando Britto se aproximou do bar onde Oliveira estava, o agressor arremessou um copo de vidro em sua dire��o, mas ele conseguiu desviar do objeto.

O fot�grafo foi perseguido pelo agressor que tentava acert�-lo com uma vassoura. "Ele me atingiu no bra�o esquerdo com tanta for�a que a vassoura quebrou. Eu cai no ch�o e ele tentou bater no meu rosto com o resto do cabo, mas eu me virei e ele acertou minha esc�pula (osso das costas)", descreveu.

Enquanto gritava por socorro, Britto era xingado. "Ele me chamou de veado, disse que ia me matar. No bar, ningu�m fez nada, s� gritavam para eu bater nele porque estava b�bado, mas eu n�o conseguia nem levantar do ch�o".

O fot�grafo disse que recebeu ajuda de um homem que passava pelo local, conseguiu levant�-lo do ch�o e lev�-lo para o hall de um pr�dio em frente ao local da agress�o. Os moradores chamaram a pol�cia e ajudaram Britto com os ferimentos. Do lado de fora, Oliveira amassou o cap� de um carro com um soco.

"Sou diab�tico e o n�vel da minha glicose subiu por causa do nervosismo". Quando os policiais chegaram, 20 minutos depois, segundo Britto, Oliveira ainda segurava um peda�o da vassoura. Os dois foram levados para a 10ª Delegacia de Pol�cia (Botafogo) onde atualmente tamb�m funciona a 9ª DP (Catete), cujo pr�dio est� em obras.

Britto contou que Oliveira n�o se intimidou com a presen�a dos policiais e manteve os xingamentos e amea�as. "Ele dizia que (registrar a ocorr�ncia) n�o daria em nada. Falava 'me prende logo que eu estou com sono' e 'essa bicha n�o vai dar em nada'". No registro de ocorr�ncia, consta que Oliveira disse na frente dos policiais que "deveria enfiar o cabo da vassoura no meu �nus".

Depois de fazer o registro, que contou com o testemunho do homem que o salvou e a orienta��o de um advogado, Britto seguiu para o Instituto M�dico Legal Afr�nio Peixoto (IML), na Leopoldina, regi�o central, para fazer o exame de corpo de delito. Ao chegar ao local, foi informado que o sistema estava fora do ar e que n�o poderia fazer o exame. Foi orientado pelos funcion�rios a procurar um hospital onde recebeu calmantes, rem�dio para a dor e insulina.

"Voltei ao IML hoje para fazer os exames, mas ontem eu estava cheio de marcas, com pontos roxos, cortes, que eu tratei e j� melhoraram, ent�o muita coisa n�o vai aparecer no exame".

Nascido em Recife, Britto mora h� seis anos no Rio e disse que nunca sofreu nenhum tipo de viol�ncia na cidade. "Nunca passei por nada e, de repente, fui agredido desse jeito", disse. "Tamb�m nunca o vi antes e n�o sou 'pintoso'. Esse monstro me espancou sem motivo nenhum. Como pode um ser humano ter tanta raiva, tanto �dio de outra pessoa?", questionou.

At� as 18h30, a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil ainda n�o havia conseguido contato com a delegacia para informar se Oliveiro tinha sido preso. Tamb�m n�o havia informado sobre o problema no sistema do IML.


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