S�o Paulo, 30 - Ap�s nove meses consecutivos com as vaz�es afluentes mais baixas da hist�ria, o Sistema Cantareira deve receber um al�vio no m�s que vem. O Centro de Previs�o de Tempo e Estudos Clim�ticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirma que n�o h� nenhum elemento que impe�a o in�cio da esta��o chuvosa no Sudeste, onde ficam os rios e represas que formam o maior manancial paulista, e prev� a volta das chuvas com mais frequ�ncia na regi�o a partir da segunda quinzena de outubro.
"N�s estamos com todos os ind�cios de que o padr�o da esta��o seca deve quebrar-se nas pr�ximas semanas. Ent�o, possivelmente as chuvas devem come�ar a ocorrer com mais frequ�ncia a partir da segunda quinzena de outubro. Agora, se vai chover mais ou se vai chover menos (do que a m�dia) � outra quest�o, dif�cil de dizer, porque a previsibilidade de tr�s meses para a Regi�o Sudeste � muito baixa", explicou Gilvan Sampaio, pesquisador do Inpe, durante a reuni�o clim�tica do instituto feita no dia 26.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) espera o retorno das chuvas para n�o ser obrigado a decretar racionamento oficial de �gua na Grande S�o Paulo, onde cerca de 6,5 milh�es de pessoas ainda s�o abastecidas pelo Cantareira. Ontem, o sistema estava com apenas 7% da capacidade, operando exclusivamente com �gua do volume morto, a reserva profunda dos reservat�rios.
Segundo Sampaio, a forma��o de nuvens na Regi�o Norte e os ventos que t�m soprado em dire��o ao Sul nos �ltimos dez dias indicam um comportamento padr�o do transporte de umidade da Amaz�nia que provoca chuva no Centro-Sul na primavera. "N�o d� para dizer a partir de quando. Pode ser no dia 15 como pode ser no �ltimo dia de outubro", explica o pesquisador. No Sudeste, o per�odo chuvoso vai de outubro a mar�o.
Previs�o
Entre esta quarta-feira, 1, e o dia 10, contudo, n�o h� previs�o de chuva no Cantareira, segundo o CPTEC. O retorno das precipita��es a partir da segunda quinzena tamb�m n�o garante que o n�vel das represas voltar� a subir, por causa do "efeito esponja" provocado pelo solo erodido nas �reas secas das represas. Outro dado negativo para quem busca economia de �gua no manancial � que as temperaturas at� dezembro devem ficar acima da m�dia no Sudeste.
Segundo a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp), a falta de chuva e o calor intenso foram respons�veis pela crise no Cantareira.