Munic�pios temem resolu��o da ANA para Cantareira

Munic�pios e ind�strias do interior de S�o Paulo e Minas Gerais temem que a crise do Sistema Cantareira seja ampliada com a resolu��o proposta pela Ag�ncia Nacional de �guas (ANA). Por meio de documento redigido em parceria com o Departamento de �guas e Energia El�trica (DAEE), �rg�o ligado ao governo paulista, a ANA prop�e reduzir em at� 30% a capta��o de �gua na bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia� (PCJ).

A proposta, ainda em discuss�o, estabelece que as restri��es ser�o feitas quando a soma de todos os reservat�rios do Cantareira estiver em 5%. A minuta com as normas foi apresentada em encontros realizados em Campinas e Extrema, em S�o Paulo e Minas, nos �ltimos dias, e deve ser finalizada neste m�s.

Prefeitos n�o concordam em ficar com a �gua suspensa para o abastecimento durante cinco horas di�rias e ainda n�o receb�-la por seis horas nas ind�strias e propriedades agr�colas. As partes t�m at� o dia 8 para apresentar por escrito suas considera��es.

"J� no terceiro dia de suspens�o, como eles querem, ter�amos um colapso no sistema", disse Alexandre Grego, engenheiro da Companhia de Saneamento de Minas (Copasa). Ele reclamou ainda do hor�rio em que sugerem racionamento em cidades servidas pelo Rio Jaguari. "Como podemos fazer racionamento das 7 �s 12 horas, que � o hor�rio de maior consumo?"

A ANA alegou que a proposta tenta preservar o que resta do Cantareira. "A ideia � que as regras sejam perenes e continuem valendo depois do atual per�odo hidrol�gico extremamente restritivo", disse Vicente Andreu, presidente da ANA. Ele contou que as medidas dever�o ser tomadas em 20 dias.