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Estado de Minas

Aluno denuncia agress�o e racismo em festa da USP

Entidade estudantil nega a vers�o do rapaz e diz que investiga o caso


postado em 14/10/2014 10:07 / atualizado em 14/10/2014 11:03

Um estudante de Ci�ncias Sociais da Universidade de S�o Paulo (USP) afirma ter sido v�tima de agress�o f�sica e de racismo na madrugada de s�bado, 11, durante uma festa do Centro Acad�mico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, no Largo S�o Francisco, centro da capital. A entidade estudantil nega a vers�o do rapaz e diz que investiga o caso.

Jo�o Henrique Cust�dio, de 30 anos, afirma que apanhou de tr�s seguran�as quando entrava na festa Cervejada do Peru com mais quatro amigos. Segundo ele, o grupo estava em um apartamento no centro quando viu que havia uma festa perto do local. "Quando chegamos na festa havia barras de metal na rua, como as de eventos da Prefeitura, e ningu�m na porta para orientar, ent�o entramos."

O estudante conta que foi o primeiro a entrar no local e se distanciou do grupo. Segundo ele, os colegas foram barrados depois de entrar, informados que a festa era paga e retirados do local pelos seguran�as. "Quando eu voltei para ver por que os meus amigos ainda estavam perto da entrada, fui surpreendido por uma chave de bra�o de um dos seguran�as", explica. Ele afirma que depois recebeu socos e pontap�s na costela e na bacia e que foi jogado contra as grades.

"No in�cio eu achei que eram skinheads me batendo pelo fato de eu ser negro e homossexual, mas n�o. Eram as pessoas que deviam fazer a seguran�a da festa", afirma. "Nenhum dos seguran�as conversou comigo, eles j� vieram me batendo, tentando me tirar de l�. E, claramente porque eu sou o �nico negro do grupo, fui o �nico agredido."

Thiago Clemente de Amaral, de 31 anos, um dos amigos de Cust�dio que estavam no local e ex-aluno da Faculdade de Direito, afirma que os seguran�as usaram de for�a f�sica para retirar todos os estudantes da �rea. "Eles foram brutos com todos, mas usaram for�a desproporcional contra o Jo�o. E os �culos dele ainda foram jogados no ch�o e quebrados."

Cust�dio conta que, quando afirmou aos seguran�as que chamaria a pol�cia, um deles se identificou como policial e chegou a amea�ar o grupo. "Ele disse que a coisa ia ficar grave se cham�ssemos a pol�cia."

A Pol�cia Militar foi acionada e chegou ao local cerca de meia hora depois, informaram os jovens. Cust�dio conta que o seguran�a que se identificou como policial quis conversar reservadamente com os PMs. "Eu fui atr�s, porque queria saber o que ele ia falar. Queria que ele se identificasse", diz. "Ele ent�o se revoltou e disse: ‘Seu negrinho de merda, n�o se intromete que a coisa vai ficar feia’."

Os amigos foram encaminhados para o 8.º Distrito Policial (Br�s), onde Cust�dio fez um BO. "N�o me deixaram incluir racismo porque n�o tinha testemunha." Ele fez exame de corpo de delito e aguarda o laudo para abrir um processo.

Centro Acad�mico

Em nota, o XI de Agosto nega a vers�o de Cust�dio e afirma que mostrou aos estudantes um alvar� da Prefeitura autorizando o uso do espa�o p�blico, mas que os jovens se negaram a sair. "N�o houve socos. N�o houve agress�o. N�o houve, tampouco, tentativa do lado dele (Cust�dio) de dialogar conosco", explica a nota.

Por telefone, o diretor do centro acad�mico Gabriel Ber� afirmou que o XI de Agosto investiga o caso.

Ele afirmou que os seguran�as da festa foram contratados por meio de uma empresa terceirizada. A diretoria disse que informaria o nome da empresa e dos seguran�as, mas n�o foi localizada novamente at� as 20 horas de ontem.


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