Pressionada por vereadores paulistanos sobre a distribui��o de lucros da Sabesp, a presidente da companhia, Dilma Pena, disse nesta quarta-feira, que o objetivo central da companhia n�o � gerar lucro, mas que n�o falte �gua. "Temos uma companhia eficiente, que n�o visa lucro, mas usa de seu status de empresa para obter financiamentos mais baratos", disse a executiva, procurando defender a Sabesp das acusa��es de que a administra��o financeira como vem sendo conduzida se chocaria com a sustentabilidade do recurso h�drico e com a ideia de que o abastecimento de �gua � um servi�o p�blico fundamental.
Depois, questionada sobre sua declara��o de que a Sabesp "n�o visa lucro", Dilma esclareceu que se referiu ao fato de que a miss�o da companhia inclui item que diz que n�o pode faltar �gua. "Essa � a primeira premissa da Sabesp, e fazemos tudo pra que n�o falte", disse.
Conforme levantamento apresentado pelo vereador Nabil Bonduki (PT), nos �ltimos 10 anos, de 2003 a 2013, do lucro total de R$ 13,1 bilh�es, R$ 5,3 bilh�es foram distribu�dos em dividendos. Dilma Pena lembrou que pela Lei das S/As pelo menos 25% do lucro deve ser distribu�do e comentou que a maior parte dos ganhos observados pela empresa tem sido retida para realiza��o de investimentos.
O diretor Financeiro e de Rela��es com Investidores, Rui Affonso, tamb�m presente na reuni�o da CPI, disse que 70% do total de lucro registrado pela companhia foi retido nos �ltimos 10 anos, visando investimentos, enquanto outros 30% foram distribu�dos para acionistas - sendo que o governo de S�o Paulo � o principal benefici�rio da distribui��o, j� que det�m 50,3% de participa��o da companhia. "Ou seja, ou o lucro da Sabesp se traduz em investimento ou em investimento p�blico", disse.
Dilma completou que de 2007 at� agora a Sabesp triplicou os investimentos. "N�o fossem esses investimentos feitos, a situa��o (do abastecimento na Grande S�o Paulo) seria muito mais grave."