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Estado de Minas

Sem zerar efeito estufa, temperatura subir� 2�c


postado em 03/11/2014 10:01 / atualizado em 03/11/2014 10:03

Ao apresentar nesse domingo, 2, os textos s�nteses dos mais recentes relat�rios do Painel Internacional de Mudan�a Clim�tica (IPCC), o presidente do grupo cient�fico, Rajendra Pachauri, afirmou n�o haver outra sa�da aos governos sen�o o corte das emiss�es de gases do efeito estufa para evitar o aumento de 2°C na temperatura da terra at� o fim do s�culo. “A comunidade cient�fica falou. Agora passo o bast�o aos governos.”

Pachauri mostrou-se otimista em rela��o a um acordo entre os 190 pa�ses em Paris, em 2015, durante a Confer�ncia das Partes sobre Mudan�a Clim�tica (COP21). As s�nteses dos relat�rios do IPCC servir�o como base para as negocia��es. O secret�rio-geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, lembrou que a tentativa de um acordo em 2009, em Copenhague, falhou porque os l�deres estavam concentrados na crise financeira mundial.

Mas h� dois meses, em Nova York, os l�deres reunidos na C�pula da Mudan�a Clim�tica se comprometeram a alcan�ar um acordo em 2015. “Mesmo que as emiss�es de gases do efeito estufa acabem agora, ainda vamos continuar a sentir os efeitos da mudan�a clim�tica”, afirmou Ban.

As s�nteses elaboradas ao longo da semana passada preservaram as principais constata��es dos tr�s �ltimos relat�rios do IPCC sobre o aquecimento global e seus efeitos sobre as pessoas e os ecossistemas. Mas ambos os textos sofreram interfer�ncia de representantes de governos presentes aos debates em Copenhague. Entre os t�picos omitidos est� uma coluna do quadro sobre os cen�rios de aumento da temperatura, que aponta a possibilidade de acr�scimo de 7,8ºC, at� 2100, se a concentra��o de di�xido de carbono (CO2) equivalente na atmosfera superar 1.000 partes por milh�o (ppm).

Solu��o e futuro

Para a temperatura n�o subir mais do que 2ºC at� 2100, alerta o IPCC, ser� necess�rio reduzir as emiss�es dos gases do efeito estufa para um n�vel perto de zero. O resumo para tomadores de decis�o, com 40 p�ginas, diz ser “inequ�voca” a influ�ncia humana no processo de aquecimento global. As emiss�es de gases do efeito estufa provocadas pelo homem s�o as maiores da hist�ria e v�o causar ainda mais aquecimento global e mudan�a.

Aumenta, portanto, a “probabilidade de impactos graves, disseminados e irrevers�veis” sobre as pessoas e os ecossistemas. Entre eles, os eventos extremos - chuvas mais intensas, tempestades, inunda��es, secas e ciclones - j� percebidos. A temperatura e a saliniza��o dos oceanos ser�o crescentes, assim como o aumento de seu n�vel, provocado pelo derretimento de geleiras do �rtico. Nenhum lugar do mundo estar� intoc�vel � mudan�a do clima.

A atividade econ�mica vai cair, a redu��o da pobreza se tornar� tarefa mais dif�cil e haver� riscos para a seguran�a alimentar e novos bols�es de mis�ria em �reas urbanas, aponta o resumo. A mudan�a clim�tica deve empurrar pessoas para fora de suas regi�es originais e h� alto risco de conflitos violentos.

Confian�a e custos


Segundo o secret�rio-geral da Organiza��o Mundial de Meteorologia, Michel Jarraud, o n�vel de confian�a nas proje��es cient�ficas � maior agora do que em 2009. O que antes estava apenas projetado pelo IPCC agora tem fundamentos em valores. “Ningu�m mais pode alegar ignor�ncia”, disse. O IPCC preservou no resumo para tomadores de decis�o a recomenda��o para que seadotem estrat�gias de adapta��o e de mitiga��o de mudan�as clim�ticas. Pachauri alertou para o fato de a “janela” estar se fechando.

O custo da mitiga��o para a economia mundial, nos c�lculos do IPCC, deve ser de 0,06% do Produto Interno Bruto de cada pa�s. Quanto mais atrasar o in�cio das medidas de mitiga��o, mais caras ser�o as medidas necess�rias.


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