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Estado de Minas

Casal gay � espancado em trem do Metr� de S�o Paulo

Cerca de 15 homens agrediram e expulsaram os jovens da composi��o depois de exigirem que eles parassem de se beijar


postado em 13/11/2014 08:49 / atualizado em 13/11/2014 10:06

S�o Paulo, 13 - Um casal gay foi espancado por um grupo de cerca de 15 homens dentro de um trem da Linha 1-Azul do Metr� de S�o Paulo, na tarde do domingo, 9. O metrovi�rio Danilo Ferreira Putinato, de 21 anos, e o banc�rio Raphael Almeida Martins de Oliveira, de 20, foram agredidos com socos e chutes no percurso entre as Esta��es Tiradentes e Luz, no sentido Jabaquara, e expulsos a pontap�s da composi��o pelo grupo, ap�s se negarem a sair espontaneamente.

De acordo com Putinato, as agress�es foram iniciadas ap�s o bando exigir que o casal parasse de se beijar dentro do trem. Na ocasi�o, o metrovi�rio seguia para o trabalho na companhia do namorado. "Eles se mostraram indignados com o fato de n�s estarmos juntos, mandaram parar de nos beijar, mandaram sair do trem, mas n�o respondemos nada, deixamos eles falando sozinhos e a� come�aram a nos bater", comenta Putinato.

Segundo a v�tima, o grupo, que havia embarcado na Esta��o Arm�nia da Linha 1-Azul, xingava o casal gay de "viadinhos" e "bichinhas" e dizia que eles "deveriam ter respeito" e parar de trocar carinhos em p�blico. Putinato e Martins foram agredidos no rosto e no corpo com chutes, socos e empurr�es.

Ap�s a expuls�o do trem, as v�timas procuraram agentes de seguran�a do Metr�, que cuidaram dos primeiros socorros e levaram os jovens para a Santa Casa de Miseric�rdia de S�o Paulo, na regi�o central.

O banc�rio teve o nariz quebrado e ter� de passar por uma cirurgia para reparar a fratura. O metrovi�rio n�o sofreu ferimentos graves. "Acho que ficamos apanhando por uns tr�s minutos. Se n�o tivessem nos colocado para fora, n�o sei o que teria acontecido", diz o jovem, que afirmou ter ficado desapontado com o fato de nenhum dos passageiros da composi��o ter agido para socorr�-los.

"O trem estava mais ou menos cheio, mas ningu�m fez nada. Eu tenho absoluta certeza de que eles tiveram medo dos caras. Mas tamb�m acho que pelo fato de sermos gays isso n�o incentivou muito (a ajudarem). L� fora um homem se voluntariou para ser testemunha, s� isso", relata.

Investiga��o

Ap�s passarem por atendimento m�dico, os dois registraram a ocorr�ncia na Delegacia do Metropolitano (Delpom). "A pol�cia tem tudo para identificar os homens. Aquela frota infelizmente n�o tem c�meras, mas como indiquei aos policiais qual era o trem e o hor�rio, eles podem pegar as grava��es das esta��es", conta Putinato. A investiga��o dever� ser conduzida pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intoler�ncia (Decradi). A reportagem n�o conseguiu contato com a Pol�cia Civil na noite de ontem para verificar como est�o as investiga��es do caso.

Putinato defende puni��es mais r�gidas para qualquer um que cometer atos homof�bicos. "O sentimento � de revolta. Tudo isso tem origem no machismo que � t�o disseminado em toda parte. O diferente n�o � aceito. N�o s� os gays sofrem com isso, mas as l�sbicas, transexuais, e todos os outros que ousam ser 'diferentes'", afirma o metrovi�rio. "Enquanto n�o existir uma campanha ainda mais ampla, e o �dio contra n�s n�o for criminalizado, mais casos como este v�o acontecer", afirmou.


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