S�o Paulo, 23 - Com capacidade total de 2,1 trilh�es de litros de �gua, quase duas vezes maior do que o Sistema Cantareira, a Represa Paraibuna vive uma das maiores estiagens da hist�ria. Anteontem, o manancial estava com 74 bilh�es de litros de �gua do volume �til (sem contar os 162 bilh�es de litros do volume morto), segundo relat�rio da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA).
Na cidade de Paraibuna, comerciantes perdem cada vez mais clientes. Benedito Marcos Farias Soares, de 60 anos, dono de um pesqueiro, diz que o movimento caiu 40%. "Antes, as crian�as brincavam no balan�o molhando o p� na �gua. Agora, a represa desceu mais de 20 metros e chegou a uma parte que eu nunca tinha visto", afirmou, apontando para as �rvores que apareceram.
"As pessoas pescavam, passeavam de barco e jet ski. Agora, com esse monte de tronco aparecendo, elas ficam com medo." O pesqueiro do comerciante era dividido pela �gua da Represa Paraibuna. Para chegar do lado oposto de onde fica o restaurante era necess�rio usar um barco. Hoje, o caminho � feito sem molhar os p�s.
O mesmo preju�zo por falta de movimento vive uma marina da regi�o. Conforme a �gua foi baixando, os clientes retiraram os barcos. Na ter�a-feira, um empres�rio de S�o Paulo teve de recolher sua lancha. "Aqui � muito bonito, vou sentir falta da represa, mas a �gua est� cada vez mais baixa. Corre o risco de eu bater em alguma �rvore e causar um acidente", disse Sebasti�o de Oliveira, de 59 anos. A embarca��o foi levada para Itanha�m, no litoral. "J� tirei o jet ski depois que ele quebrou tr�s vezes por causa das �rvores que enroscaram. N�o d� mais para ficar aqui. Infelizmente, est� insustent�vel", afirmou o empres�rio. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.