(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Corre��o: A��es de bullying sobem para 220 em 4 anos


postado em 24/11/2014 15:37

S�o Paulo, 24 - A nota enviada anteriormente cont�m incorre��o no t�tulo. O n�mero de casos de bullying cresceu de 7 para 220 em quatro anos e n�o em cinco anos como constou. Segue texto com o t�tulo corrigido:

Entre 2010 e 2013, o n�mero de pais que processaram col�gios privados por bullying passou de 7 casos para ao menos 220, segundo levantamento feito pelo jornal

O Estado de S. Paulo

com cinco grandes escrit�rios de S�o Paulo. S� neste ano, j� foram registradas 174 a��es judiciais motivadas por agress�es dentro ou fora do universo escolar - 1 a cada 2 dias. As v�timas pedem indeniza��o por danos morais e materiais, que, na m�dia, alcan�am R$ 15 mil.

Ainda que muita gente considere fato normal das rela��es entre os jovens, as a��es de agress�o, f�sica ou moral praticadas de forma repetitiva contra uma crian�a podem resultar em s�rios preju�zos de aprendizado ou mesmo deixar sequelas para a vida. A explos�o de queixas se deve, segundo especialistas, � maior preocupa��o das fam�lias com o tema e tamb�m � dificuldade de educadores e pais em identificar situa��es, principalmente quando desenvolvida na internet.

Pelo entendimento predominante dos ju�zes, as escolas podem ser responsabilizadas por conflitos dentro do col�gio em per�odo letivo, o que inclui atividades em ambiente virtual. Pais dos agressores tamb�m podem ser punidos at� criminalmente.

"Cada situa��o concreta � analisada: se houve neglig�ncia, imprud�ncia ou imper�cia (da escola)", explica Ana Paula Siqueira Lazzareschi, advogada especialista no assunto. A maioria dos casos que chegou � Justi�a, de acordo com ela, come�a ou ocorre inteiramente nas redes sociais - envolvendo jovens que se relacionam na escola. "O cyberbullying ainda � de dif�cil compreens�o", avalia. "Mas ainda existe confus�o dos pais, que acham que tudo � responsabilidade da escola", pondera.

Exemplos

Na opini�o de uma m�e que foi � Justi�a, o medo de desgaste maior para as crian�as e fam�lias inibe a ocorr�ncia de mais processos. "Muitos pais n�o t�m condi��es financeiras ou apoio para levar esses casos � Justi�a", afirma Fany Simberg, de 50 anos, m�e de Rafael, adolescente disl�xico que sofreu preconceito no col�gio. "Meu filho foi atacado por professores e colegas", relembra.

Fany moveu uma a��o contra o col�gio particular onde Rafael estudava. Depois de oito meses de tramita��o nos tribunais, o caso foi arquivado, sem responsabiliza��o. "Por essas dificuldades, meu filho trocou nove vezes de escola, entre particulares e p�blicas do Estado e Munic�pio", conta ela, que h� dez anos ajuda pais com problemas semelhantes ao de Rafael na Associa��o Inspirare. A v�tima, hoje com 19 anos, ainda est� no 3� ano do ensino m�dio.

O jeito retra�do do filho da gestora de recursos humanos Cristiane Ferreira Almeida, de 36 anos, foi suficiente para que virasse v�tima de persegui��o. Come�ou com brincadeiras e terminou em espancamento.

Durante anos Cristiane nem sequer havia percebido algo de diferente, mas o filho era v�tima de um grupo de companheiros. "Percebi que ele come�ou a ter ins�nia, dor no est�mago, sentia medo de ir pra escola. A� fui ver o que ocorria", diz. Depois da interven��o com a diretoria, tudo piorou. "O menino come�ou a ser espancado, at� o dia em que ficou muito machucado na porta da escola." Depois do caso, h� cinco anos, Cristiane tamb�m abriu uma ONG para conscientizar fam�lias.

Twitter

Uma advogada de S�o Paulo, que pediu para n�o ser identificada, percebeu que algo afetava o desempenho da filha. "Ela ficava sendo xingada sem parar, com ataques sempre pelo Twitter", disse a m�e. "Exigi uma abordagem mais s�ria da escola, que interveio e as coisas se tranquilizaram."

Para o advogado C�lio M�ller, especialista em quest�es judiciais que envolvem atividade educacional, as fam�lias est�o mais sens�veis a seus direitos e o tema do bullying � o que atrai mais a aten��o. "� natural que essa quest�o fosse judicializada." M�ller pondera que a pr�pria popularidade recente do tema provoca, muitas vezes, confus�o. "H� casos que n�o se configuram como bullying, de fam�lias superprotetoras. Seria importante que o tema evolu�sse para que o bullying fosse definido pela lei."

As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)