Itu suspende racionamento de �gua ap�s dez meses

Sorocaba, 05 - Depois de dez meses de racionamento, os moradores de Itu, munic�pio do interior do S�o Paulo, voltam a poder contar com �gua nas torneiras. A concession�ria �guas de Itu anunciou nesta sexta-feira, 5, a suspens�o da medida que deixava os 165 mil moradores sem abastecimento em dias alternados.

A cidade, uma das primeiras a adotar o racionamento, conviveu com protestos da popula��o e tornou-se s�mbolo da crise h�drica que atingiu o Estado de S�o Paulo em 2014. A empresa esclareceu que, nos primeiros dias ap�s o fim do rodizio ainda pode haver problemas localizados de falta de �gua e por isso a frota de caminh�es-pipa continuar� dispon�vel para atender casos pontuais.

A decis�o de retomar o abastecimento pleno foi tomada depois de reuni�es com o comit� de gest�o da �gua, criado no auge da estiagem. Foi constatado que, com a volta das chuvas, os seis reservat�rios que abastecem o sistema de capta��o atingiram n�veis de seguran�a para garantir o abastecimento. Tamb�m foi levada em conta a previs�o de chuvas para os pr�ximos meses.

As condi��es meteorol�gicas ser�o monitoradas. "� importante que as chuvas previstas ocorram para que se possa manter a normalidade no abastecimento", informou a empresa, ressalvando que qualquer mudan�a ser� comunicada � popula��o. As campanhas para economia de �gua ser�o mantidas.

Protestos

O racionamento foi adotado por meio de decreto municipal no in�cio de fevereiro deste ano. A medida foi necess�ria em raz�o da redu��o nos n�veis dos mananciais de abastecimento da cidade, afetados pela estiagem.

At� o final de outubro, Itu registrou o menor �ndice de chuvas em 77 anos. No auge da crise, as represas baixaram ao n�vel de 2% da capacidade. Algumas regi�es da cidade chegaram a ficar vinte dias sem �gua.

A popula��o se revoltou e foi �s ruas em seguidas manifesta��es de protesto - tr�s delas terminaram em confrontos com a pol�cia, ap�s a invas�o e depreda��o do pr�dio da C�mara e o cerco � prefeitura. Ruas e rodovias foram interditadas, ve�culos foram incendiados e caminh�es-pipas foram saqueados. Esses ve�culos passaram a circular com escolta policial.

Como medidas de emerg�ncia, a prefeitura requisitou po�os artesianos a represas particulares e determinou a compra de �gua em outras cidades. O munic�pio investe em novas capta��es nos ribeir�es Momba�a e Pau D'Alho.