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Estado de Minas

Ativistas LGBT cobram presen�a do Estado em favelas para enfrentar a viol�ncia


postado em 23/12/2014 17:50

O assassinato do l�der comunit�rio e ativista Luiz Ant�nio de Moura no s�bado, na cidade do Rio de Janeiro, refor�a a necessidade de expans�o de pol�ticas p�blicas nas favelas. Coletivos de defesa da diversidade sexual denunciam que a pacifica��o nas comunidades n�o trouxe seguran�a e os ativistas de direitos de l�sbicas, gays, bissexuais, transexuais e transg�neros (LGBT) continuam sob amea�as do tr�fico de drogas e das for�as de pacifica��o.

Luiz Moura, conhecido por Guinha, foi atingido por disparos em frente ao Casar�o da Cultura, no Complexo do Alem�o, na zona norte, onde desenvolvia projetos sociais. O incidente ocorreu dez dias depois de reuni�o que cobrou maior presen�a do Estado nas favelas cariocas.

De acordo com Mauro Lima dos Santos, integrante do Coletivo Conex�o G, do Complexo da Mar�, parceiro do Grupo Diversidade LGBT do Alem�o - fundado por Guinha -, a morte do ativista, considerado uma refer�ncia, � um golpe em iniciativas daquela comunidade, nas �reas da cultura, esporte e lazer com crian�as e adolescentes, por exemplo.

“O Guinha resolvia problemas de todo o Alem�o. Cobrava �rg�os p�blicos, encaminhava den�ncia, botava a boca no trombone. Fazia controle da situa��o da viola��o de direitos humanos daquela popula��o. Isso [a morte dele] gera uma grande preocupa��o: o que podemos fazer para proteger lideran�as que s�o refer�ncia para a popula��o?”, questionou Mauro. Ele esteve com o amigo em v�rios momentos, como na �ltima Parada Gay do Alem�o, em setembro.

Atuando em parceria com outras entidades da cidade, a organiza��o Conex�o G soltou nota sobre o epis�dio e cobrou mais combate � viol�ncia contra LGBT nas favelas. A institui��o pede a instala��o de um Centro de Refer�ncia nas comunidades ou itinerante, capacita��o de funcion�rios p�blicos, campanhas contra o preconceito e a realiza��o de casamentos gays.

Da Cidade de Deus, Fl�vio Ruivo destacou que, sem a presen�a do Estado, todas as lideran�as das comunidades, n�o apenas as que atuam em defesa dos direitos de LGBT, vivem entre as amea�as do tr�fico de drogas e abusos das for�as de pacifica��o. Ele defende mais parcerias com secretarias de governos, com exce��o da Seguran�a, para evitar retalia��es do tr�fico.

“Quem est� dentro da favela n�o pode ter muita proximidade com os policiais. Se tiver, tem problema [com o tr�fico]. Temos que ter uma aproxima��o com o Estado, que traga benef�cios para comunidade, esporte, lazer, capacita��o, escola, por exemplo”, disse Ruivo. “N�o adianta dizer que tem Unidade de Pol�cia Pacificadora [UPP] ali na pra�a, a pol�cia n�o nos segue 24 horas, n�o est� nos becos onde eu ando, no meu caminho, e isso � problem�tico, como d� para ver no caso do Guinha”, completou o ativista, que participou de um filme ao lado do l�der comunit�rio morto.

Em maio deste ano, em entrevista ao Coletivo Papo Reto, do Complexo do Alem�o, o ativista Luiz Moura criticou o que chamou de “falsa pacifica��o”. Para ele, a supera��o da pobreza exige mais do que a exist�ncia de uma UPP. “A comunidade n�o precisa s� de pol�cia. Eu via pistola e fuzil [antes da pacifica��o] e continuo vendo, s� trocou o personagem, antes via traficante, hoje policial”, avaliou. “Se for pelo lado da popula��o, da comunidade, muita coisa deixada para tr�s, como sa�de, educa��o e saneamento.”

O superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos do estado do Rio, Cl�udio Nascimento Silva, reconheceu a necessidade de acelerar a atua��o nessas �reas, em articula��o com v�rias pastas, como Cultura, Educa��o, Sa�de e Trabalho. Ele informou que est� prevista para janeiro uma reuni�o com as lideran�as para planejar as a��es priorit�rias em 2015.


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