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Estado de Minas

Advogado entrar� com pedido de habeas corpus para suspeita de matar italiana

Pol�cia cearense disse que Mirian Fran�a foi detida por contradi��es em seu depoimento. Advogado contesta e diz que n�o h� evid�ncias para mant�-la presa


postado em 05/01/2015 16:34 / atualizado em 05/01/2015 17:31

Italiana conheceu a brasileira no albergue que estava morando, em Fortaleza(foto: Facebook/Reprodução)
Italiana conheceu a brasileira no albergue que estava morando, em Fortaleza (foto: Facebook/Reprodu��o)

O advogado Humberto Adami, que defende a farmac�utica Mirian Fran�a de Mello, de 31 anos, apresentar� � Justi�a, at� quarta-feira (7) um pedido de habeas corpus para sua cliente. Doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a jovem est� presa desde 29 de dezembro, sem comunica��o com a fam�lia, por ter sido considerada pela Pol�cia Civil do Cear� suspeita da morte da italiana Gaia Molinari, na Praia de Jericoacoara. O caso gerou como��o e campanhas nas redes sociais pedem a liberta��o da estudante.

Apesar de n�o ter tido acesso ao inqu�rito at� o momento, o advogado acredita que n�o h� elementos que justifiquem a pris�o de Mirian na sede da Pol�cia Internacional (Polinter) em Fortaleza. Segundo Adami, com base em reportagens de jornais locais, a farmac�utica foi detida por prestar informa��es contradit�rias.

“Contradi��o n�o � confiss�o de culpa. A pessoa pode ficar com medo de estar em uma delegacia porque as delegacias do pa�s n�o s�o confort�veis para nenhum negro”, afirma Adami, ao destacar a cor da pele da farmac�utica. “Ela saiu daqui [Rio de Janeiro] com a viagem de ida e volta marcada e prestou o dever de contribuir com as investiga��es." A jovem foi presa em Fortaleza, ap�s ser interrogada pela pol�cia sobre o crime, acrescentou.

Adami lembrou que Mirian n�o teve acesso a advogado ou defensor durante a pris�o e a tomada de depoimento, al�m de estar incomunic�vel. “N�o vemos as evid�ncias que a pol�cia do Cear� encontrou para mant�-la presa e h� muitas linhas de investiga��o seguidas, inclusive levantadas pela imprensa internacional, que acompanha o caso desde o in�cio”, comentou ele, que tem um hist�rico de atua��o em casos que envolvem racismo.

A Defensoria P�blica do Estado do Cear� atua no caso desde o final de semana. Nesta segunda-feira, os defensores p�blicos, que tiveram acesso aos autos com o t�rmino do recesso de fim de ano, reuniram-se para tratar das estrat�gias de a��o. A expectativa de Humberto Adami � que a defensoria pe�a o relaxamento da pris�o.

A Pol�cia Civil e a Secretaria de Seguran�a P�blica e Defesa Social do Estado do Cear� convocaram entrevista coletiva para esta tarde, em Fortaleza, para falar sobre as investiga��es e esclarecer a situa��o de Mirian.

No Rio de Janeiro, familiares e amigos se mobilizam para pedir a soltura da jovem carioca. No Facebook, a p�gina “Liberdade Para Mirian Fran�a Justi�a para Mirian Justi�a para Gaia” re�ne cerca de 4 mil apoiadores e um abaixo-assinado conta com 1,2 mil assinaturas.

Muito abalada, a m�e de Mirian, Valdic�ia Fran�a, que entregou documentos para o pedido de habeas corpus, desistiu de viajar com a filha na �ltima hora. “Eu ia com ela nessa viagem, mas, por causa desse calor, n�o estava disposta e acabei desistindo”, disse. Seria a primeira vez que viajariam juntas. “Ia andar de avi�o pela primeira vez”, revelou a m�e da farmac�utica.

A amiga Raquel Albuquerque, com quem Mirian dividia apartamento e o mesmo laborat�rio no curso de p�s-gradua��o na UFRJ, disse que � impens�vel imaginar que a jovem esfor�ada e carinhosa esteja envolvida no assassinato da italiana. “Mirian � uma estudante dedicada – n�o foi � toa que emendou o mestrado e o doutorado. � boa aluna”, refor�ou.


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