Mesmo nas f�rias, Hopi Hari fecha 1 de cada 3 atra��es

S�o Paulo, 17/01/2015, 17 - "Voc� precisa ver, tem um monte de brinquedo fechado aqui", reclama uma adolescente, ao telefone, durante visita ao parque de divers�o Hopi Hari, em Vinhedo, interior de S�o Paulo. Na quinta-feira, 15 das 48 atra��es do local exibiam um cartaz informando que estavam "temporariamente" fechadas em pleno per�odo de f�rias.

A not�cia desaponta crian�as e visitantes de primeira viagem. No site do parque, o servi�o de manuten��o em algumas atra��es est� agendado at� o dia 1.� de fevereiro.

Avisos na fila para compra de ingressos e na porta do Hopi Hari j� indicavam que os brinquedos n�o estavam � disposi��o dos frequentadores. Ao serem questionados, funcion�rios diziam apenas que os equipamentos estavam em manuten��o, mas n�o informavam o prazo de reabertura.

Entre as atra��es indispon�veis estavam as mais radicais do parque, como o Evolution e o Ekatomb, alguns brinquedos aqu�ticos e um dos principais s�mbolos dos parques de divers�o: a roda-gigante, batizada na l�ngua do Hopi Hari como Giranda Mundi.

"� a minha primeira vez aqui. Se � para fazer manuten��o, deveriam ter feito antes das f�rias. O Playcenter, antes de fechar, estava com mais brinquedos funcionando. Estou indignada, o ingresso deveria ter 30% ou 40% de desconto", afirmou a advogada Neiva Santos, de 42 anos, que visitou o local com o marido e os tr�s filhos.

Marido de Neiva, o professor Marcos Rog�rio dos Santos, de 46 anos, notou diferen�a no parque. "Vim h� dois ou tr�s anos e todas as atra��es estavam funcionando. Achei estranho o Rio Bravo estar fechado. A �gua � circular, n�o se perde."

Desapontamento

Grupos de escolas, fam�lias e adolescentes n�o disfar�avam a decep��o ao se deparar com as atra��es fechadas. "Os brinquedos est�o em manuten��o. Tem uns dois meses que a situa��o est� assim. O Ekatomb est� sem uma pe�a e n�o fabricam mais", disse um funcion�rio.

Entre os equipamentos inoperantes, est� o La Tour Eiffel, brinquedo do qual a estudante Gabriela Nichimura, de 14 anos, caiu de uma altura de 25 metros e morreu, em 2012.

"Est� terr�vel. Tudo feio, cobram caro e n�o oferecem o servi�o. S� vim porque ganhei o ingresso", disse a analista de log�stica Luciana Rinco Caparroz Correia, de 41 anos, que foi ao parque com o marido. Moradora de Jundia�, no interior paulista, Luciana contou que fez sua primeira visita h� dez anos e voltou novamente h� cerca de um ano e meio.

As pausas para manuten��o durante o funcionamento do local assustaram frequentadores. Foi assim que o comerciante Marco Gatto, de 40 anos, desistiu de se aventurar na montanha-russa de madeira Montezum. "Eu j� estava com medo e isso ajudou. Foi a primeira vez que vim e n�o volto nunca mais." Ele estava acompanhado pela mulher e os dois filhos, de 6 e 11 anos.

Queixa

Assessora t�cnica do Procon, Leila Cordeiro disse que o visitante que se sentir lesado pode reclamar com o parque ou apresentar as queixas para o �rg�o de defesa do consumidor. "A empresa tem de ter qualidade do servi�o prestado. Se o consumidor se sentiu prejudicado e achou que estava em um parque abandonado, pode reclamar diretamente para a empresa. Caso n�o consiga obter resposta, pode vir ao Procon."

Marco Antonio Araujo Junior, presidente da Comiss�o de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil seccional S�o Paulo (OAB-SP), afirmou que o parque est� dentro da lei por anunciar a situa��o das atra��es em seu site e em cartazes. "O incorreto seria n�o informar que o brinquedo n�o est� funcionando."

Em nota, o Hopi Hari informou que segue um cronograma de manuten��o das atra��es de acordo com a legisla��o e com recomenda��es do fabricante. A revis�o � peri�dica (anual, mensal, semanal e di�ria).

O parque explicou ainda que as interrup��es de funcionamento dos brinquedos podem ter longa dura��o ou curtos intervalos durante seu per�odo de atividade. A empresa afirmou que aguarda "elementos filtrantes" para reativar o Rio Bravo e destacou que todas as informa��es sobre o funcionamento est�o em seu site.