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Estado de Minas

Brasileiro � fuzilado sem perd�o na Indon�sia

De nada adiantaram os pedidos de clem�ncia da presidente Dilma Rousseff, da fam�lia e de amigos de Marco Archer para que ele escapasse da execu��o


postado em 18/01/2015 10:13

"Estou ciente de que cometi um erro grav�ssimo, mas, enfim, mere�o mais uma chance porque todo mundo erra" - Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado ontem (foto: IBTIMES.COM/Reprodu��o)

O carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado ontem por fuzilamento na Indon�sia. Segundo o porta-voz da Procuradoria-Geral do pa�s asi�tico, Tony Spontana, a execu��o aconteceu �s 0h30 no hor�rio local – 15h30 de ontem, no hor�rio de Bras�lia. Preso desde 2003, depois de ser flagrado com 13,4 quilos de coca�na no aeroporto de Jacarta, capital da Indon�sia, Archer foi o primeiro cidad�o brasileiro na hist�ria a cumprir pena de morte. O corpo ser� cremado na Indon�sia e trazido para o Brasil.

Instrutor de voo livre, Archer tentou entrar no pa�s asi�tico em 2003 com coca�na escondida nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x do aeroporto internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas foi preso duas semanas depois e condenado � morte em 2004. Ainda em 2006, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tentou aliviar a senten�a do brasileiro, mas o pedido n�o foi aceito pelo governo local. A presidente Dilma Rousseff (PT) tamb�m tentou a clem�ncia do atual presidente da Indon�sia, Joko Widodo, sem sucesso.

No procedimento de execu��o, 12 policiais de um destacamento especial se postaram diante de Marco e, ao sinal do l�der do pelot�o, dispararam em dire��o ao peito do brasileiro. Nem todas as armas estavam carregadas – os atiradores n�o sabiam quais das armas estavam carregadas, de modo que ningu�m saiba quem deu o tiro fatal. Al�m dele, outros cinco presos foram executados ontem. O cidad�o holand�s Ang Kiem Soe; um residente do Malawi, Namaona Denis; o nigeriano Daniel Enemuo; uma mulher da Indon�sia, Rani Andriani; e outra vietnamita, Tran Thi Bich Hanh.

Em conversa com o cineasta Marcos Prado, que produz um document�rio sobre a hist�ria da pris�o do brasileiro na Indon�sia, Archer expressava a vontade de voltar para o Brasil e pedia perd�o pelo crime. “Estou ciente de que cometi um erro grav�ssimo, mas, enfim, mere�o mais uma chance porque todo mundo erra. Quero voltar, ent�o, ao meu pa�s. Pedir perd�o a toda minha na��o e mostrar para esses jovens que a droga s� te leva a dois caminhos: � pris�o ou � morte”, disse Archer.

Nas redes sociais, em uma p�gina criada no Facebook “Free Curumim” de apoio ao brasileiro, amigos postaram fotos de Archer e depoimentos com lembran�as dele. “Vai Curumim, voa bem alto. Obrigado pela confian�a, pelo exemplo de coragem e supera��o, pelos longos papos que tivemos nesses dois �ltimos anos. Seu otimismo me fez acreditar que voc� voltaria para c�. Mesmo sabendo que errou, (voc�) sonhou que seria poss�vel recome�ar tudo do zero”, postou o cineasta Marcos Prado.

INDIGNA��O NO PLANALTO
Duas horas depois de confirmada a execu��o, o Pal�cio do Planalto divulgou uma nota em que a presidente Dilma afirma estar “consternada e indignada” com a execu��o do brasileiro. “O recurso � pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as rela��es entre nossos pa�ses”, diz a nota. A presidente informou ainda que o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Alberto da Silveira Soares, foi chamado a Bras�lia para consultas. Na linguagem diplom�tica, convocar um embaixador representa uma esp�cie de agravo ao pa�s onde est� o diplomata.

Dilma ressaltou n�o “deconhecer a gravidade dos crimes que levaram � condena��o de Archer” e respeitar o sistema jur�dico indon�sio, mas lamentou que seus apelos humanit�rios pela clem�ncia do brasileiro n�o foram atendidos pelo presidente da Indon�sia, Joko Widodo. Na sexta-feira, a presidente conversou com Widodo por telefone, pedindo que fosse concedida uma mudan�a na pena capital de Archer. O chefe de Estado indon�sio afirmou que n�o poderia atender ao pedido de Dilma, uma vez que todos os processos do julgamento ocorreram dentro das regras locais.

Outro brasileiro condenado � morte � o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42, que tamb�m foi preso na Indon�sia por tr�fico de drogas. Ele teve seu pedido de clem�ncia rejeitado e pode ter a execu��o marcada para fevereiro. A defesa de Rodrigo alega que o brasileiro sofre de problemas mentais e tenta a mudan�a de pena para evitar mais uma execu��o.


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