Corpo de brasileiro executado na Indon�sia � cremado

S�o Paulo, 18 - O corpo do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, executado �s 15h31 (hor�rio de Bras�lia) de s�bado (17), foi cremado, confirmou a assessoria do Minist�rio das Rela��es dos Exteriores no Brasil. As cinzas ser�o trazidas para o Brasil pela tia do ex-instrutor de voo, a advogada Maria de Lourdes Archer, �nica parente viva do brasileiro condenado, que embarcou para Jacarta na �ltima ter�a-feira.

Preso na Indon�sia desde 2003, Moreira era carioca, tinha 53 anos e trabalhava como instrutor de voo livre. Ele foi detido quando tentava entrar na Indon�sia com 13 quilos de coca�na escondidos dentro de tubos de uma asa delta em 2003. A droga foi descoberta ao passar pelo aparelho de raio-X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.

Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff tentou, em telefonema, convencer o presidente da Indon�sia, Joko Widodo, a suspender a execu��o do ex-instrutor de voo, ressaltando que fazia um "pedido humanit�rio", "como chefe de Estado e m�e". No entanto, ela n�o obteve sucesso.

Ap�s tomar conhecimento - consternada e indignada - da execu��o do brasileiro, Dilma lamentou o epis�dio e destacou que a pena de morte, condenada crescentemente pela popula��o mundial, afeta "gravemente" as rela��es entre Brasil e Indon�sia. A presidente ainda dirigiu uma mensagem de conforto � fam�lia de Moreira e convocou o embaixador do Brasil em Jacarta para consultas.

Al�m do brasileiro, o primeiro a ser executado por crime no exterior, cinco presos foram condenados � morte ontem na Indon�sia. Outro brasileiro preso e condenado � morte em Jacarta, que teve o pedido de clem�ncia feito por Dilma tamb�m rejeitado pelo presidente da Indon�sia, foi o surfista Rodrigo Gularte. Ele foi detido em 2004, tamb�m no aeroporto de Jacarta, com 12 pacotes de coca�na.