S�o Paulo, 28 - Ao analisar f�sseis de quatro cobras pr�-hist�ricas, cientistas descobriram que elas tinham entre 140 milh�es e 167 milh�es de anos. Isso mostra que o surgimento desses r�pteis aconteceu pelo menos 70 milh�es de anos antes do que os registros anteriores indicavam.
A pesquisa, publicada na ter�a-feira, 27, na revista Nature Communications, muda completamente a perspectiva dos estudos sobre a origem e a evolu��o das cobras, segundo os autores. At� agora, s� existiam provas de que elas haviam aparecido na Terra h� cerca de 100 milh�es de anos.
Segundo o principal autor do estudo, Michael Caldwell, da Universidade de Alberta (Canad�), o estudo indica que a evolu��o das cobras � mais complexa do que se pensava. Apesar da descoberta, ainda h� uma lacuna no conhecimento a ser preenchida, pois n�o foram encontrados f�sseis no per�odo de 100 milh�es a 140 milh�es de anos atr�s.
De acordo com Caldwell, os cientistas j� imaginavam que existiam cobras h� mais de 100 milh�es de anos, mas a aus�ncia de f�sseis deixava a impress�o de que elas surgiram repentinamente naquele per�odo.
Segundo os autores, o estudo mostra que, no per�odo de 167 milh�es e 100 milh�es de anos atr�s, cobras ancestrais j� estavam se diferenciando em esp�cies distintas e evoluindo para adquirir formas semelhantes �s das cobras marinhas que viveram de 90 milh�es a 100 milh�es de anos atr�s - at� agora consideradas as mais antigas.
As cobras marinhas tinham patas traseiras pequenas e desenvolvidas. "Ao que tudo indica, as cobras ancestrais tamb�m tinham pernas. Mas as caracter�sticas da cabe�a s�o semelhantes �s das cobras modernas. Isso sugere que a evolu��o das cabe�as ocorreu antes de as cobras perderem as patas."
A Eophis underwoodi, achada perto de Kirtlington, sul da Inglaterra, � a cobra com 167 milh�es de anos registrada pelo estudo. Segundo Caldwell, a pesquisa indica que h� cobras ainda mais antigas do que ela.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.