
Segundo a Pol�cia Civil da regi�o, a travesti, que nasceu Charleston Alves Francisco, 25 anos, foi detida ap�s a den�ncia de agress�o a uma idosa. No domingo, Ver�nica teria come�ado a se masturbar dentro da cela. Em depoimento, de acordo com a pol�cia, ela confirmou a vers�o e disse que a a��o provocou ira nos presos, que a agrediram.
Em uma tentativa de encerrar a briga, dois agentes entraram no local para retir�-la. Foi quando Ver�nica atacou um deles e mordeu a orelha do carcereiro. Em meio � confus�o, o outro agente disparou tr�s tiros para o alto. As balas n�o atingiram ningu�m, de acordo com a pol�cia.
Luiz Roberto Hellmeister, titular da 2ª Delegacia de Pol�cia, informou que a travesti foi indiciada por homic�dio tentado, resist�ncia e tentativa de evas�o, entre outros crimes. Ela permanece detida na delegacia.
A foto que circula na web mostra Ver�nica com cabelos cortados – o que gerou rea��es de grupos defensores dos direitos LGBT, como se o corte dos cabelos tivesse sido imposi��o do sistema prisional, viol�ncia � identidade de g�nero da travesti. Contudo, a Secretaria de Seguran�a P�blica afirmou, por meio de nota, que Ver�nica j� tinha cabelos curtos quando chegou � delegacia e "costumava usar peruca antes de ser presa".
O policial ferido foi encaminhado para o Hospital das Cl�nicas, onde permanece internado. A arma usada para efetuar os disparos foi apreendida e a cela passar� por per�cia.

#SomosTodasVeronica
Assim que as imagens da travesti foram divulgadas na web, centenas de pessoas se mobilizaram para prestar apoio. A p�gina Somos Todas Ver�nica traz ilustra��es em homenagem � v�tima de agress�o. Algumas dizem: "Brasil, um pa�s de todos. Obs: que n�o sejam trans". Outra estampa a frase: "Ver�nica s� queria ter direitos como cidad�".
O deputado Jean Wyllys publicou em sua p�gina no Facebook uma mensagem de rep�dio ao ato de viol�ncia e de apoio a Ver�nica. No texto, que at� esta publica��o teve mais de 15 mil curtidas, o pol�tico defende que o sistema carcer�rio brasileiro "tem conseguido superar-se em viola��es aos direitos de travestis e transexuais privados de liberdade".
"J� coloquei a minha equipe � disposi��o da fam�lia de Ver�nica atrav�s de contato com sua m�e, e levarei a hist�ria de Ver�nica � Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara, � CPI da Viol�ncia contra Jovens Negros e Pobres, � Comiss�o Permanente Mista de Combate � Viol�ncia contra a Mulher e tamb�m � Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica para averiguar se, de fato, houve ou n�o tortura no caso de Ver�nica e para garantir que o mesmo n�o aconte�a com outras representantes desse segmento t�o estigmatizado", escreveu o parlamentar.