
As imagens que exp�em Ver�nica com v�rias marcas de agress�es no rosto, sem camisa e com o cabelo curto causaram como��o nas redes sociais e os ativistas LGBT lan�aram a campanha #somostodasVer�nica. Em uma das fotos, ela aparece com as m�os e os p�s algemados, deitada de bru�os e com a parte de tr�s da cal�a rasgada. Militantes acusaram os policiais de terem torturado e humilhado a travesti dentro da delegacia.
Segundo a Pol�cia Civil, Ver�nica teria provocado revolta de outros presos ap�s expor seu �rg�o sexual e come�ar a se masturbar dentro da carceragem do 2º DP, na manh� de domingo, 12. Para conter a situa��o, um dos carcereiros teria entrado na cela para retir�-la. A travesti teria, ent�o, atacado o agente e mordido sua orelha direita. Houve luta corporal entre os dois e um policial precisou atirar tr�s vezes para tentar conter a confus�o. Ningu�m foi atingido.
O delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 2º DP, confirma que Ver�nica teria se machucado durante o confronto com o agente de seguran�a, mas tamb�m diz que algumas marcas foram provocadas por uma confus�o em que a travesti se envolveu antes de chegar � delegacia. Ela foi presa e indiciada por tentar matar uma senhora de 73 anos na regi�o da Bela Vista.
Em uma entrevista gravada pela coordenadora de Pol�ticas para a Diversidade Sexual do Estado de S�o Paulo, Helo�sa Alves, Ver�nica afirma que estava "possu�da" e que n�o foi torturada pelos policiais.
"Todo mundo est� achando que eu fui torturada pela pol�cia, mas eu n�o fui. Eu simplesmente agi de uma maneira que achava que estava possu�da, agredi os policiais. Eles s� agiram com o trabalho deles", disse.
Hellmeister tamb�m afirmou que Ver�nica poderia solicitar uma sala separada dos outros presos, mas n�o fez o pedido. Em nota, a Secretaria de Seguran�a P�blica informou que a travesti j� chegou � delegacia com os cabelos curtos, "pois costumava usar peruca antes de ser presa". Ela deve ser transferida para uma unidade penitenci�ria masculina de S�o Paulo.