
O governo do Paran� informou nesta sexta-feira que o secret�rio de Seguran�a P�blica do estado, Fernando Francischini, pediu demiss�o do cargo. Ele sai nove dias depois da a��o policial que deixou mais de 200 feridos em manifesta��o de servidores estaduais, a maioria professor, em Curitiba. Por quase duas horas, bombas de g�s, balas de borracha, sprays de pimenta foram lan�adas pela pol�cia aos manifestantes que protestavam contra o projeto que alterou a Previd�ncia do estado. O delegado da Pol�cia Federal, Wagner Mesquita de Oliveira, assume interinamente o comando da secretaria.
Esse � o terceiro pedido de demiss�o no governo paranaense ap�s os protestos. O ent�o secret�rio de Educa��o do Paran�, Fernando Xavier, envolvido na negocia��o com os professores em greve, pediu exonera��o na �ltima quarta-feira.
Na carta de demiss�o, Francischini afirma que pediu para deixar o cargo a fim de “colaborar com a governabilidade” do estado e que confia no governador Beto Richa, “para superar este momento de crise”. “Finalizo, assumindo novamente e publicamente todas as minhas responsabilidades, na atua��o policial nas �ltimas opera��es, apoiando o trabalho da tropa,” observou.
Na quinta-feira, o comandante-geral da Pol�cia Militar (PM) do estado, coronel Cesar Vinicius Kogut, tamb�m pediu demiss�o, alegando dificuldades administrativas com a Secretaria de Seguran�a P�blica.
Kogut e Francischini vinham se desentendendo publicamente sobre os procedimentos adotados pela PM paranaense nos protestos. Em entrevista coletiva, Francischini classificou de “lament�vel” os epis�dios de viol�ncia contra os manifestantes.
“N�o tem justificativa. N�s lamentamos. As imagens s�o terr�veis. Nunca se imaginava um confronto como esse. Nada justifica. Les�es de maneira t�o lastim�vel, com as imagens que n�s vimos de ambos os lados. Vamos ouvir quem comandou a opera��o, quem deu ordens para que fossem executadas as medidas de conte��o”, disse Francischini.
Na �ltima ter�a-feira, Kogut enviou carta ao governador Beto Richa em resposta �s declara��es do secret�rio. “N�o se pode admitir, em respeito � tradi��o da Pol�cia Militar do Paran�, seus oficiais e pra�as, que seja atribu�da a t�o nobre corpora��o a pecha de irrespons�vel e leviana”, diz ele no documento, que tamb�m informa que Francischini participu do planejamento da opera��o e foi informado dos desdobramentos durante a a��o dos policiais.