Porto Alegre, 12 - A fam�lia de Odilaine Uglione, m�e do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril de 2014, levantou um novo ind�cio para tentar reabrir o inqu�rito que investigou o suposto suic�dio da mulher. Saques de R$ 55 mil foram feitos em uma de suas contas na v�spera do crime. Odilaine foi encontrada morta com um tiro na cabe�a no consult�rio do ent�o marido, Leandro Boldrini, em 2010.
Desde o desfecho da investiga��o sobre a morte de Bernardo - que indiciou Boldrini, sua atual mulher, Graciele Ugulini, a amiga do casal, Edelv�nia Wirganovicz, e o irm�o de Edelv�nia, Evandro Wirganovicz - por envolvimento no assassinato do menino, a fam�lia de Odilaine tenta reabrir a investiga��o sobre a morte.
Supostas incoer�ncias na investiga��o policial e a suspeita de falsifica��o em uma carta de despedida foram apresentadas � Justi�a pelo advogado da fam�lia, Marlon Taborda, como ind�cios de que Odilaine n�o se suicidou, mas foi assassinada.
Agora, o advogado diz que encontrou uma atividade suspeita em uma das contas banc�rias da m�e de Bernardo. Ao analisar um extrato do Banco do Brasil, a fam�lia verificou que no dia 8 de fevereiro de 2010 foram retirados R$ 55 mil em tr�s saques de R$ 15 mil e um de R$ 10 mil. Os saques foram feitos na ag�ncia de Tr�s Passos, cidade onde a fam�lia morava.
"Esta descoberta � uma nova prova, porque � um fato acontecido na �poca e que at� hoje n�o era sabido. Juridicamente se enquadra na previs�o legal para reabrir uma investiga��o. Ele acaba com o argumento da autoridade policial da �poca, de que n�o havia prova (de que Odilaine pudesse ter sido assassinada)", explica Taborda.
O advogado informou que o extrato j� foi encaminhado � autoridade policial. "Por que ela faria quatro saques? � um elemento substancial para a reabertura da investiga��o. N�o sabemos quem fez os saques. Consideramos estranho eles terem sido realizados dois dias antes da morte", diz o advogado.
Segundo ele, pedidos de extratos tamb�m foram feitos a outros bancos em que Odilaine era correntista, mas ainda n�o houve retorno. A reportagem tentou sem sucesso contatar a Pol�cia Civil de Tr�s Passos para comentar o pedido de reabertura.