O Minist�rio da Sa�de garantiu que far� mudan�as no texto colocado em consulta p�blica com diretrizes para o parto. A proposta, duramente criticada por entidades m�dicas, abria espa�o para que partos fossem feitos sem a presen�a de um profissional especializado em reanima��o neonatal - algo considerado perigoso diante do n�mero de beb�s que nascem precisando de atendimento r�pido.
"Sem ele, crian�as correm o risco de morrer ou ficar com graves sequelas. Cerca de 10% das crian�as precisam de aux�lio para respirar ap�s o parto", alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eduardo Vaz.
A proposta, que est� em consulta p�blica at� o dia 25, prev� a necessidade de um m�dico pediatra ou profissional habilitado em reanima��o neonatal na sala de parto apenas em caso de ces�rea ou quando houver sofrimento do feto. Algo bem mais restrito do que ocorre atualmente. Hoje, a presen�a � recomendada em todos os partos.
Entidades viram a mudan�a como uma forma de reduzir os custos de procedimentos. Na exposi��o de motivos do texto colocado em consulta p�blica, � informado que 70% dos gastos hospitalares est�o relacionados a cuidados neonatais.
"O texto n�o est� claro", reconhece o coordenador-geral de Sa�de da Crian�a e Aleitamento Materno do minist�rio, Paulo Bonilha. Ele defendeu o formato atual, previsto em uma resolu��o de 2014, que considera necess�ria a presen�a do profissional habilitado em todos os partos. Ele afirmou que, terminada a consulta, contribui��es ser�o analisadas e haver� uma nova rodada de estudos. Somente depois o texto final ser� publicado. Segundo ele, a presen�a de profissionais estar� garantida.
O ministro da Sa�de, Arthur Chioro, por�m, teve uma rea��o diferente. Na semana passada, ele saiu em defesa da minuta e garantiu que ela havia sido constru�da "com muito zelo". O documento colocado em consulta p�blica foi preparado por um comit� de especialistas. O objetivo principal � tentar reduzir o n�mero de ces�reas no Pa�s.